31/05/2009
12 Passos III
A letra retrata o sexto e sétimo passos:
VI - deixar que Deus remova meus defeitos de caráter.
VII - pedir, humildemente, que Deus me livre de minhas imperfeições.
Reparem a transformação pessoal decorrida de uma caminhada com Deus.
Aqui a letra traduzida:
A raiz de todos males
VI. Pronto
Orgulhoso suficiente para me chamar de arrogante
Trapaceiro o suficiente para agir como ladrão
Raiva suficiente para machucar alguém
Crueldade suficiente para sentir luto
Nunca pude fazer parte disso
Sempre preciso mais para me satisfazer
Muito abaixo do ponto
A raiz de todos males estava me corroendo durante toda minha vida
Sujeira suficiente para luxúria
Deixando nada em que confiar
Ciúme suficiente para continuar sentindo invejoso
Preguiçoso suficiente para dormir o dia inteiro
E deixar minha vida se gastar
Egoísta suficiente para fazer você me esperar
Seguindo blindado pelos meus pecados
Enganado tão facilmente
Pronto para deixar isso para trás
Estou implorando para ser libertado
Me tome por completo
Os desejos que continuam queimando profundamente
Jogue-os todos fora
E me ajude a ter força para enfrentar outro dia
Estou pronto
Me ajude a ser o que posso ser
VII Remoção
Medo próprio obteve uma parte de mim
Nó na garganta
Raiva justa passando por mim
Pronto para explodir
Procastinação me paralizando
Querendo minha morte
Essas obsessões que continuam caçando
Não levarão minha cabeça
Me ajuda a fazer o que não posso fazer por mim mesmo
Levar esse medo e dor
Não posso sair dessa prisão sozinho
Me ajuda a quebrar essas correntes
Humildade é minha única agora minha única esperança
Você não me ajudará?
Cure essa alma semi-morta
Posso sentir meu corpo se quebrando
Posso sentir meu corpo se quebrando
Estou pronto para deixar isso tudo
Posso sentir meu corpo tremendo
De volta a fundação
A raiz de tudo isso
Me tome por completo
Os desejos que continuam queimando profundamente
Jogue-os todos fora
E me ajude a ter força para enfrentar outro dia
Estou pronto
Me ajude a ser o que posso ser
Estou pronto
Venha a mim
Me tire dessa
25/05/2009
Memórias de um f.d.p.
É possível reconhecer um filho de pastor no momento exato em que ele nasce. Basta ir à maternidade e reparar na multidão de senhoras da SAF olhando pela vitrine ou dando um monte de babador que elas mesmas bordaram. A esposa do pastor, obviamente, tem que se mostrar super disposta em recebê-las e com aquele sorriso, para não ficar uma situação desagradável. Mas acaba sendo um momento gostoso, pois se percebe o amor da igreja pelo pastor e sua família.
No domingo após o nascimento de seu filho, o pastor e sua mulher têm certeza que ao entrarem no portão da igreja, aquele monte de mulheres, de todas as idades irá avançar em cima do bebê, só para ver como ele é ou está. E o pastor sabe também que se ele não for firme, ele não vai chegar nunca ao púlpito para começar o culto. Na hora do culto, quem está no banco da frente ou de trás da esposa do pastor, não para de se oferecer para segurar o bebê.
Não importa para quantas igrejas o pastor se mude, para quantas igrejas o pastor é convidado a pregar, sempre haverá mulheres inteiramente dispostas a segurar e cuidar de seu filho, como se ele fosse delas.
Quando o filho do pastor começa a crescer, ao mesmo tempo começa a indicar como será a reputação do próprio pai. Bem, de duas uma: ou vai ser aquele filho de pastor exemplar, que sabe a Bíblia tanto quanto o pai e que é um líder da UCP, depois UPA e ainda mais UMP ou vai ser aquele que o pai tem que pedir pros diáconos irem procurá-lo porque ele sumiu antes mesmo do culto ter começado, aquele que o pai tem que interromper a pregação para chamar sua atenção e pedir desculpas aos irmãos da igreja, aquele menino que envergonha os presbíteros e que os faz se perguntar como pode existir um filho de pastor assim. A saúde da vida ministerial do pastor depende muito de como será o perfil, a personalidade, o caráter, a índole de seu filho. E a saúde física e emocional dele também está em jogo. Até porque quem vai correr pelo pátio da igreja atrás do menino é ele. E quem vai ouvir as reclamações dos diáconos e presbíteros também é ele.
A questão é: e o fdp, o que sente? Qual é o peso dessa responsabilidade de ser O filho do pastor? Isso ajuda ou atrapalha a vida dele?
Geralmente filho de pastor é bem sociável ou pelo menos cumprimenta todo mundo. Não que ele goste de todo mundo, mas tem que aparentar que sim, afinal ele é o filho do pastor.
Quando o filho do pastor é muito tímido, é muito provável que as pessoas cheguem a ele. Por quê? Parece que todos querem saber como ele é, como se sente, e até mesmo o que acha da igreja. Se ele não vai a eles, eles vão a ele. É mais ou menos assim.
Algo realmente muito chato é que nas aulas da escola dominical ou em qualquer gincana bíblica, quando o professor faz a pergunta e ninguém sabe, todos os olhos caem sobre o fdp como se ele tivesse a obrigação de saber a Bíblia, só porque é filho de pastor. Ah, e geralmente ele é chamado para orar em todas as aulas. Pode ser apenas uma impressão, mas parece que o professor da escola bíblica também espera mais do pastorzinho. Tanto em comportamento quanto em conhecimento.
Saindo um pouco do domingo, durante a semana, todo bom pastor fica na igreja para estudar ou para conversar com irmãos que com certeza sempre aparecem por lá. E quem ele leva junto? O seu tão bem falado filho. A igreja vazia, aquele silêncio, um sol de torrar, o pai concentrado no escritório e o fdp sem saber o que fazer. Poxa, assim também fica difícil. Ou ele mexe nas coisas do templo ou fica parado sem fazer nada.
Quando o fdp se torna adolescente, parece que as cobranças mudam e aumentam relativamente. A partir daí ele tem que mudar de postura, ser mais responsável e de certa forma ser um exemplo aos outros adolescentes. Filho adolescente de pastor é uma criatura complicada. Ele sabe o peso que tem nas costas e ao mesmo tempo parece que ele não quer assumir esse peso propositalmente. Ele sabe que é obrigado a ter uma posição que influencie os outros para o bem. Por isso geralmente filho de pastor aparenta ser rebelde. É uma forma de autodefesa, uma demonstração de que ele não tem o dever de assumir o cargo. Isso é fato. E ele faz questão de mostrar isso primeiramente ao pai, o pastor da igreja. De certa forma, ser filho de pastor é uma responsabilidade injusta, pois ele já nasce com uma cobrança formada, sem ter culpa de nada. Muitos imaginam que por ser o filho do pastor, ele tem que ser ou aparentar um santo. Mas acaba acontecendo o contrário. E os problemas não ocorrem somente na igreja, mas intensamente na casa do pastor, que cobra do filho um comportamento exemplar. O pastor, na verdade se encontra numa linha bem dividida: o lado do filho, que ele bem entende, mas não aceita, e o lado da igreja, que ele tem que aceitar. A questão é que a igreja não enxerga nem o lado do pastor, nem muito menos o de seu filho. Eles querem ver tudo certo, tudo pronto e bonito, embora sempre haja algo para reclamar.
O lado bom da estória é que a maioria dos filhos de pastor consegue lidar com isso, então acabam cooperando para o bem da igreja e do próximo. Mas claro, sempre com uma pitada de cobrança e olhares feios quando erram em algum momento. É bom ser chamado para participar de todas ou quase todas as peças teatrais da igreja, organizar eventos aos sábados para as crianças, apoiar na organização dos acampamentos e muitas vezes ser popular mesmo sem ter feito nada para merecer.
O que também é muito bom é que praticamente em todos os domingos a família inteira do pastor é convidada para almoçar na casa de um irmão ou irmã da igreja. Após o culto da manhã eles sabem que vai ter comida diferente na casa em que foram convidados. E passam a tarde lá. Enquanto os pais conversam com os donos da casa (os homens sobre teologia e as mulheres sobre o passado, experiências como mães e casos engraçados do dia-a-dia), os filhos dos dois lados brincam, conversam e fazem aquela bagunça na rua. No final sempre sai alguém chorando. No final da tarde todos se preparam para voltar ao culto da noite. E o filho do pastor sabe que ele será um dos últimos a ir embora, o que o deixa feliz, já que vai poder ficar brincando até mais tarde no pátio da igreja.
Ser o filho do pastor não é uma brincadeira, nem um detalhe qualquer. Se exige maturidade e ás vezes ser o que não se é ou o que não se quer ser. Mas ao mesmo tempo traz crescimento e boas lembranças no futuro para aqueles que souberam lidar com isso. Sinceramente, creio que é mais difícil para o pastor ser pai do filho do pastor do que para o próprio filho do pastor ser filho do pastor. Por quê? Pergunta pro seu pai.
PS: Dedico este texto especialmente aos jovens da IPH, igreja na qual é caracterizada por ter uma membresia formada em sua maioria por filhos de pastor. Tratei aqui de experiências pessoais, mas espero que cada um se identifique com ao menos um aspecto descrito.
18/05/2009
As decisões da vida pelo semáforo de Deus
Aqui em São Paulo há 2 tipos de semáforos, um para os carros, em que há um sinal redondo vermelho indicando que o carro deve parar; um amarelo, indicando que o carro deve ficar alerta pois está pronto para ficar vermelho; e o verde, em que o carro deve seguir. Cruzando este semáforo de carros, há o semáforo de pedestres, com 2 sinais de desenhos de pessoas, sendo um verde, indicando que o pedstre já pode atravessar a rua, e o vermelho, indicando que o pedestre deve esperar. Ambos os sinais devem estar interligados, sendo que, quando o semáforo dos carros estiver verde, o semáforo dos pedestres estará vermelho, e quando aquele estiver vermelho, este estará verde. A pressa, a impaciência e a urgência tornam comum a cena de pessoas transgredindo o sinal vermelho, arrumando uma brecha entre o tráfego. Para atravessar com segurança, no entanto, é sempre bom observarmos tanto o semáforo dos pedestres quanto o semáforo dos carros, para que uma ligeira danificação no sinal do pedestre não lhe cause acidente.
Quando a Palavra de Deus fala, em Mt 6.21, que o nosso coração estará sempre interligado ao nosso tesouro, isto é, aos nossos desejos e sonhos, eu penso nesta relação entre os semáforos. As nossas decisões pessoais de vida sinalizam seguir ou parar a partir daquilo que o tráfego da realização dos nossos sonhos indicar. Porém, as Escrituras falam para guardarmos a Palavra de Deus em nosso coração (Sl. 119.11), isto significa que para não sermos atropelados pela vida é necessário interligarmos nosso coração não aos nossos desejos e sonhos, mas à Palavra de Deus! Se o nosso coração estiver interligado à Palavra de Deus e ele indicar para seguir, siga!, se ele, por outro lado, disser pare, pare!, independente da pressa, da impaciência e da urgência.
Por segurança, sempre observe o semáforo maior, a Palavra de Deus, que é a Luz verdadeira para o nosso caminho (Sl. 119.105).
Quais têm sido nossos tesouros, e aonde eles têm nos levado?
11/05/2009
O caminho também é estreito
A salvação em Jesus oferecida por nós, cristãos, hoje, é muitas vezes apresentada como um estilo de vida prazeroso onde conseguiremos tudo aquilo que queremos. E fazer uma apelos para as pessoas virem à Cristo com base naquilo que elas já estão querendo faz 1Co 2.14[1] não ter sentido (John Piper). E dizer que isto lhes custará apenas cinco minutos de suas vidas (respondendo “sim” à algumas perguntas) é a pior mentira que podemos contar – isto lhes custará a vida toda (Paul David Washer).
Portanto, não podemos oferecer uma salvação como se fosse algo que, aceitando, lhes dão o “direito” de ir pro céu quando morrer. Pois, com posse dela, continuarão a viver a vida como se nada tivesse acontecido, como se não ocorresse nenhuma mudança continuarão a desejar as mesmas coisas que dantes, as mesmas aspirações que o mundo anseia; não colocando o Reino de Deus e Sua justiça em primeiro lugar.
Já o caminho é a nova vida que iremos trilhar após passar pela porta e Jesus diz que este também é estreito. Compreendo este andar por caminho estreito como as dificuldades, sofrimentos, provações e privações que passamos por seguir a Cristo. Podemos passar por dificuldades em nossa vida por outros motivos e circunstâncias, como: pecado e disciplina; e devemos saber discerni-las.
“Ou você é chamado para descer o poço ou você é chamado para segurar a corda para aqueles que vão descer, de qualquer modo deveria haver cicatrizes em sua mão... onde estão suas cicatrizes? Quanto te custa ser cristão?”
04/05/2009
12 passos II
V - Compartilhar comigo mesmo, com Deus e outro ser humano o meu inventário.
A letra traduzida: