OBS.4s: observações quadradas para um mundo redondo sobre um Deus triúno!

31/03/2011

Eu sou cArente

Quando eu ouço o termo “crianças carentes”, imagino aquelas crianças sem pai e sem mãe e que precisam de uma atenção maior. Mas carência é um sentimento que qualquer um de nós tem. Até mesmo naquele que nasceu numa família tipicamente nordestina, na qual o padrão mínimo é ter 5 filhos, este sentimento se manifesta.

Onde eu trabalho, há um colega que sempre se levanta do lugar dele para participar de uma conversa que está acontecendo ao redor, mesmo se ele não foi chamado e mesmo se ele não tem nada a ver com o assunto. Eu, que só observo, acho esse fato engraçado, porque acontece literalmente sempre. Primeiro ele fica de olho nas possíveis conversas, toma conhecimento do assunto, se levanta, entra na roda e dá as suas opiniões. Pura carência.

Sabe aquela pessoa que fica no seu pé, tirando você do sério, se metendo na sua vida, dando palpite em toda e qualquer situação? É carência. Ela quer ser ouvida, recebida em seu meio. Ela precisa da sua atenção antes que seu vazio se esvazie ainda mais. Você, meu caro, pode ser tudo o que essa pessoa tem. E enquanto você não suporta essa pessoa tão carente, que não te deixa em paz um só segundo, ela está simplesmente buscando alguém que se importe com ela. Talvez ela não te trate bem, talvez ela só te critique e até te afaste pelo modo dela ser e agir, mas isto não passa de um escudo que ela tem para se proteger de qualquer rejeição ou reação adversa. É a forma que ela encontra para não se decepcionar.

Há pessoas que casam com qualquer um porque temem ficarem sozinhas e há pessoas que não conseguem assumir um relacionamento fixo e fiel porque tem medo de se comprometerem demais. Qual destes é carente? Todos. Quem casa sem escolher o companheiro com os olhos da mente e do coração, está assinando uma carta de divórcio antecipada ou pelo menos um tratado de infelicidade. E isso porque tem medo de acabar a vida sozinha. Medo de não ter com quem conversar, com quem compartilhar os conflitos e expressar os sentimentos. A carência pode nos fazer tomar grandes decisões de forma irresponsável. E isto pode afetar toda a nossa vida. Quem não consegue manter um relacionamento com a mesma pessoa por muito tempo, acredito que seja porque não consegue encontrar alguém que se importe de verdade com o que ela sente ou talvez porque ninguém é suficientemente o bastante para corresponder a todos os âmbitos da vida dela mesma.

Todos nós temos um vazio dentro de nós. Eu tenho meus momentos de carência e você tem os seus. O que me ajuda a suprir isto é passar a maior parte do tempo com as pessoas, mas não na forma física simplesmente, mas me envolvendo de coração com elas. Pode ser um grande risco? Sim. Você terá que se expor? Sim. Pode se decepcionar no final? Talvez. Mas tem vezes na vida que precisamos quebrantar o nosso coração, abrir mão do nosso orgulho e aprender que as pessoas não servem somente para nos satisfazer. Se quisermos ser correspondidos, temos que fazer parte da vida delas, aceitando as qualidades e os defeitos. Mas se dependermos dos outros para cobrir nossas carências, nunca nos sentiremos seguros o suficiente, pois as pessoas se cansam, se esgotam e mudam.

Agora, este seu grande vazio aí, só uma pessoa pode preencher completamente. E eternamente.



11/03/2011

Setembro


Setem Senhor
Setem fé
Setem calor
Setem frio
Setem tulipas
Setem harmonia
Setem viço
Setem perdão
Setem enternecimento
Setem confiança
Setem música
Setem boniteza
Setem Jéssica
Setembro dia 10

08/03/2011

Diáspora estudantil: o potencial centrípeto e centrífugo das universidades para a evangelização mundial.



André Filipe, Aefe!
também em: www.imagemesemelhanca.com

Na história moderna do Cristianismo as universidades têm tido um papel muito importante para a evangelização, tanto por seu potencial centrípeto, de atração de estudantes para si, quanto centrífugo, de espalhar estes estudantes após formados.

> Estudantes atraídos para a universidade.
A universidade tem este potencial atraente de, semestralmente, fazer migrar para dentro de si uma enorme comunidade de jovens dos mais diversos lugares. Uma grande parte deles deixa os pais pela primeira vez e serão transformados decisivamente.
Para a universidade migram milhares de jovens que não conhecem a Cristo, e que nesta fase, formarão valores que carregarão para o resto da vida. Por outro lado, também chegam muitos jovens cristãos, muitos deles de cidades muito pequenas e interioranas que carregam fortemente valores cristãos bem firmados. Tenho visto, entre estudantes da Universidade confessional Mackenzie, em São Paulo, com quem me relaciono a pelo menos 7 anos, muitos destes cristãos tornarem-se líderes valorosos.
Entre crentes “avestruz”, que cumprem seus deveres, não se misturam a ambientes secularizados, e no final de semana voltam para casa dos pais para o louvorzão com seus amigos de infância. Semanalmente passam por eles manadas de estudantes a beira do precipício, mas eles estão com suas cabeças afundadas no chão; e ainda os crentes “camaleões”, que são mais entrosados, participam das festas da faculdade, têm muitos amigos, vão pro bar na sexta a noite, e domingo sentam-se ao lado dos pais no culto. Não fosse ele “uma vez ter dito algo a respeito”, seus amigos nunca saberiam que é um cristão. Não são poucos os camaleões que tenho visto cansarem-se desta vida disfarçada, e se entregam definitivamente às drogas e bebidas. Entre estes estudantes, no entanto, o Senhor tem mandado, cada dia mais, Seu remanescente de estudantes, que tenho visto terem um papel extraordinário na evangelização da universidade, seja individualmente, seja através de associações como ABU, Toca do Estudante, MPC, etc. Pelo trabalho deles, tenho visto, de verdade, jovens universitários convertidos a Cristo Jesus, e em número bem maior, cristãos “avestruz e camaleões” terem sua fé reavivada.

> Estudantes dispersos pela universidade.
Semestralmente, as universidades recebem jovens saídos do colegial e enviam à sociedade profissionais das mais diversas áreas que serão os futuros líderes da nação; muitos se destacarão em empresas, organizações e departamentos do governo. Do mesmo modo que estes jovens tornam-se cativos de Cristo enquanto estudantes, como profissionais promoverão o reinado de Deus pela nação. Isto é, um jovem cristão que entra para a universidade para “mudar o mundo” tem boas razões para persistir nisso. Profissionais cristãos cheios do Espírito, apaixonados pelo avanço do Reino, são a melhor maneira de mudar um país.
Além do mais, a exemplo do enorme impacto dos avivamentos europeus e norte-americanos, tenho visto também jovens universitários entregarem suas vidas para as missões, quando saem da universidade. Não creio estar exagerando dizer que o movimento universitário em missões foi o maior movimento missionário da história, e em tempos em que os “povos do norte” estão em descrédito, a igreja brasileira deve oferecer seus filhos ao mundo de modo a serví-los com a pregação da Palavra. Se Deus der a graça de termos um avivamento na proporção do que ocorreu no passado, não é loucura sonhar com a evangelização do mundo ainda em nossa geração, por intermédio de universitários cheios de Deus!

Pastores, pais e líderes de jovens devem investir nestes meninos que saem de casa para a Universidade, invistam em discipulado, capacitem-nos para defenderem a fé e pregarem a Palavra, orem por eles como se enviassem um missionário. A ideia de “irem apenas estudar” tem sido pretexto para uma vida ociosa e boêmia; encarem-nos como embaixadores da Palavra em um ambiente em que ela é mais menosprezada. E quando um destes jovens sentirem-se inclinados a seguirem para missões, não entendam como “desperdício” de sua profissão, mas como uma lembrança de que o Senhor está fazendo as mesmas maravilhas que fez no passado.

ROGAI: um movimento de oração.
Em 2005, a Aliança Universitária para Missões (ALUMI) lançou uma campanha de oração mobilizando a igreja para orar por três motivos específicos pela Universidade. São estes: 1) conversões verdadeiras; 2) lideranças fortes; 3) vocações missionárias.
Conheça mais aqui http://alumi.org.br/?page_id=6 e envolva-se!