André Filipe, Aefe!
E eis que certo homem, doutor em teologia pela Theological University, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova, e disse-lhe:
- Mestre, sinto-me sem identidade nestes tempos modernos. Olhe bem: Sigmund Freud, pai da psicanálise, afirma que não somos responsáveis pelo que pensamos, pois não podemos controlar nosso inconsciente. Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, nos diz que somos obra de um processo evolutivo gerado pelo acaso, e com Ferdinand Saussure, pai da lingüística, descobrimos que não produzimos nossas frases, mas são fruto do meio em que vivemos! Aí vem, finalmente, Karl Marx dizendo que nossas ações não passam de uma resposta ao sistema ideológico do qual fazemos parte. Diante de tudo isso, eu não sei mais quem somos... Quem somos nós, mestre?
Então, Jesus lhe perguntou:
- Que diz a ciência?
A isto, ele respondeu:
- Que somos seres humanos.
Então, Jesus lhe disse:
- Respondeste corretamente; seja, portanto, humano.
Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus:
- Como, então, sendo humano, posso agradar a Deus?
E Jesus propôs uma parábola, dizendo:
- Certo pai de família vivia numa cidade muito pobre. Buscando uma vida melhor, foi tentar a vida na cidade grande, mesmo tendo toda a sua família contra esta decisão.
Chegou na cidade sem casa, sem esposa, sem dinheiro e sem trabalho. Viveu de bicos, morando em pensões sujas, comendo pouco e perdendo sua identidade e os demais documentos. Passaram-se meses, anos, e nem trabalho vinha, nem dignidade ficava. Foi morar na rua e, de vergonha, não falava mais com sua esposa e filhos.
Casualmente, um grupo de pessoas que entregava lanche à noite para os moradores de rua, aconselharam- no a buscar ajuda em uma igreja evangélica.
A primeira que freqüentou foi uma igreja evangélica tradicional. Sentiu-se mal por que todas as pessoas vestiam-se muito bem, pareciam muito felizes e muito ricas, enquanto ele estava sujo, com roupas rasgadas e barba por fazer. Após ser cumprimentando com a alegria exigida aos diáconos, foi aconselhado a sentar mais no fundo, para que seu cheiro não incomodasse os demais. Ao sair, ofereceram uma cesta básica...
Numa igreja evangélica pentecostal sentiu-se mais à vontade. Havia muitas pessoas e ninguém reparava em sua presença. Também, pôde cantar alto, gritar, explodir em emoções. Mas, ao final, deixou na igreja todo o pouco que recebera de esmolas, induzido pelo pregador, com a promessa de que receberia o dobro, que nunca veio.
Cansado e desiludido, voltava às ruas não querendo mais saber de igrejas.
Certo ateu, marxista, darwinista, corintiano e com tendências espíritas, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, conversou com ele: pagou-lhe um almoço; uma pensão; mandou fazer toda a sua documentação e, finalmente, arrumou um emprego para o mendigo, que agora podia voltar para sua família com maior dignidade.
Qual destes três, os humanos tradicionais, os humanos pentecostais ou o ateu, agradou mais a Deus pai?
Respondeu-lhe o doutor em teologia:
- O que usou de misericórdia para com o outro.
Então, Jesus lhe disse:
- Vai, e procede tu de igual modo.
Despedindo as multidões, Jesus chegou-se aos seus discípulos e disse:
- A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais, fala-se por parábolas, para que, vendo, não vejam; e ouvindo, não entendam. Vão, e anunciem a Palavra de Deus por todo o mundo, com o que vos darei.
Nisto, distribuiu-lhes instrumentos musicais. Ao que seus discípulos interrogaram:
- Mestre, como anunciar a Palavra de Deus com instrumentos musicais, sem palavra humana?
Ao que Jesus respondeu:
- A palavra do homem não têm em si mesma nenhuma consistência. A Palavra de Deus não é ciência é consciência. Vão e falem aos corações humanos.
E eis que certo homem, doutor em teologia pela Theological University, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova, e disse-lhe:
- Mestre, sinto-me sem identidade nestes tempos modernos. Olhe bem: Sigmund Freud, pai da psicanálise, afirma que não somos responsáveis pelo que pensamos, pois não podemos controlar nosso inconsciente. Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, nos diz que somos obra de um processo evolutivo gerado pelo acaso, e com Ferdinand Saussure, pai da lingüística, descobrimos que não produzimos nossas frases, mas são fruto do meio em que vivemos! Aí vem, finalmente, Karl Marx dizendo que nossas ações não passam de uma resposta ao sistema ideológico do qual fazemos parte. Diante de tudo isso, eu não sei mais quem somos... Quem somos nós, mestre?
Então, Jesus lhe perguntou:
- Que diz a ciência?
A isto, ele respondeu:
- Que somos seres humanos.
Então, Jesus lhe disse:
- Respondeste corretamente; seja, portanto, humano.
Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus:
- Como, então, sendo humano, posso agradar a Deus?
E Jesus propôs uma parábola, dizendo:
- Certo pai de família vivia numa cidade muito pobre. Buscando uma vida melhor, foi tentar a vida na cidade grande, mesmo tendo toda a sua família contra esta decisão.
Chegou na cidade sem casa, sem esposa, sem dinheiro e sem trabalho. Viveu de bicos, morando em pensões sujas, comendo pouco e perdendo sua identidade e os demais documentos. Passaram-se meses, anos, e nem trabalho vinha, nem dignidade ficava. Foi morar na rua e, de vergonha, não falava mais com sua esposa e filhos.
Casualmente, um grupo de pessoas que entregava lanche à noite para os moradores de rua, aconselharam- no a buscar ajuda em uma igreja evangélica.
A primeira que freqüentou foi uma igreja evangélica tradicional. Sentiu-se mal por que todas as pessoas vestiam-se muito bem, pareciam muito felizes e muito ricas, enquanto ele estava sujo, com roupas rasgadas e barba por fazer. Após ser cumprimentando com a alegria exigida aos diáconos, foi aconselhado a sentar mais no fundo, para que seu cheiro não incomodasse os demais. Ao sair, ofereceram uma cesta básica...
Numa igreja evangélica pentecostal sentiu-se mais à vontade. Havia muitas pessoas e ninguém reparava em sua presença. Também, pôde cantar alto, gritar, explodir em emoções. Mas, ao final, deixou na igreja todo o pouco que recebera de esmolas, induzido pelo pregador, com a promessa de que receberia o dobro, que nunca veio.
Cansado e desiludido, voltava às ruas não querendo mais saber de igrejas.
Certo ateu, marxista, darwinista, corintiano e com tendências espíritas, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, conversou com ele: pagou-lhe um almoço; uma pensão; mandou fazer toda a sua documentação e, finalmente, arrumou um emprego para o mendigo, que agora podia voltar para sua família com maior dignidade.
Qual destes três, os humanos tradicionais, os humanos pentecostais ou o ateu, agradou mais a Deus pai?
Respondeu-lhe o doutor em teologia:
- O que usou de misericórdia para com o outro.
Então, Jesus lhe disse:
- Vai, e procede tu de igual modo.
Despedindo as multidões, Jesus chegou-se aos seus discípulos e disse:
- A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais, fala-se por parábolas, para que, vendo, não vejam; e ouvindo, não entendam. Vão, e anunciem a Palavra de Deus por todo o mundo, com o que vos darei.
Nisto, distribuiu-lhes instrumentos musicais. Ao que seus discípulos interrogaram:
- Mestre, como anunciar a Palavra de Deus com instrumentos musicais, sem palavra humana?
Ao que Jesus respondeu:
- A palavra do homem não têm em si mesma nenhuma consistência. A Palavra de Deus não é ciência é consciência. Vão e falem aos corações humanos.
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