André Filipe, Aefe!
Há 2 perguntas na Bíblia que expressam a angústia de dois jovens. As duas são grandes perguntas. O primeiro jovem pergunta sobre o que ele deveria fazer para alcançar a vida eterna (Mc.10.17). É uma boa pergunta, pois aponta que o jovem almeja a vida eterna, isto é, a eternidade em comunhão com Deus. Quantos de nós deixamos de querer alcançá-la? Quantos não estão diante de Deus perguntando: como alcançar um(a) namorado (a)? Qual curso profissional escolher? Como ganhar muito dinheiro? O que fazer para viver de maneira confortável? Que fazer para ser reconhecido? Que fazer para ser amado? Parece-me que não são muitos que estão buscando uma comunhão eterna com Deus.
Este primeiro jovem estava perguntando sobre qual caminho tomar. Mas há uma segunda pergunta que eu considero a mais incrível de todas, na Escritura. Quem faz a pergunta é o compositor do Salmo 119, no versículo 9. Ele interroga sobre como guardar puro o caminho.
A pergunta dele não era sobre direção, mas sobre “modo de fazer” e a sua preocupação não era algo a ganhar (a vida eterna), mas fazer o presenteador feliz. O maior valor para este jovem não era a sua própria felicidade, mas se apresentar diante de Deus de modo agradável
A resposta.
As duas perguntas possuem uma única resposta. Jesus dirige o primeiro jovem para seguir a lei, e o salmista responde ao jovem para que guarde a Palavra (a lei) no coração. Deste modo, o salmo 119 nos apresenta duas dimensões bíblicas a respeito da vida: a dimensão do caminho, da direção, horizontal; e a dimensão do coração, do interior, vertical. “Como tomar uma decisão?”, é da dimensão do caminho, mas a resposta deve ser buscada na dimensão do coração.
Qualquer decisão, qualquer direção, deve ser colocada à luz da Palavra de Deus: qual delas está no caminho da vida eterna? Qual delas é pura diante de Deus?
Além do mais, não podemos fugir de duas outras dificuldades. A primeira é que, após encontrar o caminho correto, como seguir o caminho correto. Saber é diferente de seguir. O próprio salmista, no versículo 5, exclama a dificuldade de firmar os passos na vontade de Deus, e o”jovem rico”, da primeira pergunta, sabia o que fazer, mas desistiu de tentar, porque saber é diferente de seguir. Para seguir o caminho, precisamos rogar a Deus que, através do sangue de Cristo e do espírito de Deus, purifique nosso coração, dia a dia.
A segunda dificuldade é tomar uma decisão entre duas ou três possibilidades viáveis, puras, no caminho, e encontrar, entre elas “a vontade de Deus para minha vida”. Penso que, ao rogar a Deus que purifique o seu coração, ao avaliar fielmente suas opções e ficar com aquelas agradáveis a Deus, deixe de lado a ansiedade e siga corajosa e confiantemente os seus sentidos (o seu coração restaurado), pois quando o coração é puro, ou a direção é correta, ou Deus a endireita, e quando o coração não é puro, simplesmente todas as direções levam para o abismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário