André Filipe, Aefe!
A cidade fica a 800 km rio negro acima de Manaus, AM. As únicas maneiras de se chegar lá são pelo ar ou pela água. Era uma pequena vila militar que virou uma cidade com 95% da população indígena, cercada pela mais densa e no mais profundo da floresta Amazônica. Tentamos chegar lá de carona com a Força Aérea Brasileira (FAB), uma boa economia. Mas as esperanças foram frustradas 5 vezes no decorrer de quase 2 semanas de tentativas. O impedimento tinha o mesmo argumento: o avião estava com excesso de peso. O enorme avião Casa estava carregado de mantimentos e outras necessidades humanas para abastecer a cidade.
Então decidimos ir de barco. No porto, víamos filas de amazonenses de uma força descomunal carregando nos ombros uma enorme carga de caixas de Coca-cola, cervejas, frangos etc. Isso foi o dia inteiro até que os porões dos barcos estivessem repletos de alimentos industrializados.
O que eu pensei foi o seguinte: até no mais profundo da floresta, entre indígenas até pouco tempo acostumados a extrair da natureza o seu próprio alimento, lá nos confins da terra, onde há homens e mulheres precisa-se de Coca-cola, e das bênçãos e maldições da industrialização.
E é verdade. Disseram para tomarmos cuidado com o início do mês: a população recebe seu salário e uma turba de arruaceiros o gasta com bebida, e as consequências são brigas que levam a morte e, corriqueiramente, suicídios.
O mundo precisa de Coca-cola e sabendo disso, o mundo se organiza numa estrutura complexa envolvendo logística, transportes, pessoas e muito dinheiro, para cortarem a floresta e supri-los dessa necessidade.
Mas há uma outra necessidade muito mais elevada, muito mais importante e só ela capaz de satisfazer verdadeiramente as necessidades humanas “pois debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At. 4.12), este é Jesus Cristo, o filho do Deus vivo.
O mundo precisa de Jesus Cristo. Conversando com um missionário da região, ele relatou um diálogo com um líder da igreja indígena que fez um apelo surpreendente, mais ou menos assim: “não queremos médicos ou assistentes sociais, queremos pastores! Não queremos hospitais ou escolas, queremos igrejas! Mandem-nos pastores!”
Ele entendeu que o mundo não precisa de Coca-cola, precisa de Jesus Cristo. Que o Espírito de Deus mobilize sua igreja para proclamá-lo.
2 comentários:
Gostei demais, Aefe!
Impressionante, Coca é Coca né? rs. To brincando. "A real" mesmo é Jesus.
Saudades de vocês.
Beijos,
Tabs
Tem gente que diz que tem coca-cola no ceu!OPS!!!
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