OBS.4s: observações quadradas para um mundo redondo sobre um Deus triúno!
05/04/2009
De Dentro pra Fora
O texto de hoje é difícil de escrever, provém de conflitos internos e de alterações profundas da minha maneira de ser.
Jesus diz que existem dois mandamentos principais. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Bem, é interessante observar como esses mandamentos se comportam. A primeira pessoa que devemos amar é Deus, e, por isso Ele vem primeiro. Já o segundo mandamento nos mostra uma coisa interessante, ele é expressado em duas formas de relação. O amor ao próximo e o amor a si mesmo.
Apesar do amor a nós mesmo, no texto, vir por último vemos que, interpretando o texto, deve vir primeiro do que o amor ao próximo na prática. Na verdade ele funciona como uma condição ao amor ao próximo. Como se dissesse assim: o amor que você se dá é o amor que você deve dar ao próximo.
Tenho vivido momentos e passado por situações que me mostram que as minhas atitudes comigo mesmo são as que eu expresso pelas outras pessoas. Quando maltrato uma pessoa ou ajo com rancor com ela vejo que isso é só uma amostra do rancor e maldade que tenho comigo mesmo. O que me faz pensar que só conseguimos expressar o que somos e fazemos dentro de nós. Descobri que quanto melhor me trato, melhor trato as pessoas. Acho que isso pode se passar por egoísmo, mas não é.
Tenho pensado nisso desde quando comecei a aplicar os 12 passos dos alcoólicos anônimos na minha vida. Eles são divididos em 3 partes: 1. Restauração do relacionamento com Deus (Primeiro mandamento); 2. Restauração comigo mesmo (Segunda parte do segundo mandamento); e, 3. Restauração com o próximo (Primeira parte do segundo mandamento). Só pela divisão dos passos podemos ver que se não tratamos primeiro nossa relação com Deus, as outras relações não são restauradas, e se não tratamos da nossa relação conosco mesmos não podemos tratar da relação nossa com o próximo.
Isso não é uma tarefa fácil, amar a mim mesmo como sou é muito difícil. Aceitar minhas imperfeições e mazelas é extremamente complicado. Mas quando aceito as minhas imperfeições passo a aceitar as do outro de maneira mais natural, como se fosse automático. Assim passo a tratar melhor a mim mesmo e as pessoas que estão à minha volta.
Alargando um pouco a nossa visão, isso acontece com relação à igreja. Quando passamos a tratar cada membro da igreja melhor passamos a tratar os que estão fora melhor e essas pessoas serão atraídas a nós. Será então um evangelho da atração e não da divulgação. Mais verdadeiro e natural, pois se nós realmente gostamos e amamos das pessoas que compõem a igreja será um lugar desejado.
Sendo assim, ao passo em que nossos problemas e conflitos são resolvidos e passamos a nos unir cada vez mais as pessoas olharão e se sentirão atraídas por esse amor. Acho que pensando nisso Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” Em Jo 13:35.
E tratar minhas mazelas e amar o corpo que faço parte não é fácil. Amar o diferente é complicado.
Vamos tratar nossos irmãos com mais amor para que sejamos conhecidos como discípulos do nosso Mestre?
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Um comentário:
Realmente, a prática do amor começa na aceitação do Amor de Deus, depois na compreensão de como amamos!
É importantíssimo aceitarmos a nossa forma de ser para que, depois, possamos aceitar os outros.
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