Você é "do bem" ou "do mal"?
Creio que estas duas expressões são simples demais para nos classificar. Porém, se tenho que escolher uma, sem falsa modéstia e com toda certeza, diria que sou do mal. Luto diariamente contra o mal que habita em mim – o pecado residente – e na maioria das vezes perco a luta. E por traz de minhas “boas obras” existe quase sempre um sentimento de orgulho; meus “atos nobres” por vezes são motivados pela autopromoção; meu amor pelos desfavorecidos é quase sempre acompanhado por ódio dos opressores; não poucas vezes considero-me melhor que muita gente.
A Bíblia diz que todos pecaram e carecem da glória de Deus[1]. Ou seja, eu pequei e você pecou. Eu peco e você peca! Dessa forma encaixamos todos no time do mal. A linha que divide o bem e o mal não está entre “nós” e “eles”, mas passa através de todos[2].
Mas, como disse no começo, “do bem” e “do mal” é simples demais para nos classificar. A Bíblia faz uma classificação diferente: “os que nasceram de novo” e “os que não nasceram de novo”; ou ainda: “os nascidos do espírito” e “os nascidos da carne”[3]. É necessário, portanto, um novo nascimento, um começar de novo. E, por mais estranho que isso possa te parecer, isto acontece na única vida que temos.
Esta obra – o novo nascimento – inicia-se em Deus. A partir do momento que o Espírito Santo atua na vida da pessoa, esta passa a se questionar sobre a vida que tem vivido e por mais honesta, integra, sincera, e alegre que possa parecer esta vida algo ainda está errado. A santidade de Deus, a pureza de Seu caráter, a intensidade de Seu amor começa a ser revelada de maneira tão concreta e racional em sua vida que se torna impossível resistir ao seu chamado e entregamos assim a nossa vida a Deus – nascendo de novo – em um ato de arrependimento por quem somos e fé em Cristo.
Mas como saber então se realmente tivemos este novo nascimento? O que, em nossas vidas, demonstram este ato?
A evidência de um novo nascimento é uma nova vida sendo vivida de acordo com os princípios instituídos por Deus revelados nas Escrituras. O que confirma um novo nascimento não é uma decisão que fizemos no passado, mas é uma decisão que fazemos todos os dias – de negar o que o mundo oferece e aceitar o que Deus tem preparado para nós. O que comprova que nossa vida foi transformada é que ela continua sendo transformada; o que demonstra que verdadeiramente nos arrependemos é que continuamos a nos arrepender; e se uma vez cremos é porque ainda acreditamos.
Ainda é válido dizer que o novo nascimento não exime a pessoa de pecar. Enquanto neste mundo, estaremos propensos a pecar, daí a razão do arrependimento contínuo.
Somos então um indivíduo que não é “do bem” ou “do mal”, mas sim “nascido de novo” ou não. E o que nos difere é um coração que ama a Deus, que ama o próximo! Ama justiça de Deus e Sua palavra. O coração que negava a existência de Deus é quebrantado e está pronto a buscar conhecer, de maneira mais íntima e continuada, o único e verdadeiro Deus.
Você é "nascido de novo" ou não?
3 comentários:
Poxa, texto muito bom para evangelização!
Boa meditação!
Ótimo texto, Deus abençoe.
eu sou de JESUS gostei do artigo
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