OBS.4s: observações quadradas para um mundo redondo sobre um Deus triúno!

16/01/2010

De volta à estrada

Sem ter muito o que ter, mas com tudo o que precisa para viver. Numa estrada que não faz sentido, em direção ao rumo do objetivo oculto.

Pela janela do ônibus eu vejo o que está ficando para trás, o que foi deixado, mas nunca esquecido.
Ás vezes está tão calor... ás vezes falta mais um cobertor.

A jornada é longa, o caminho a ser trilhado é desconhecido. O pastor jamais deixou de enfrentá-lo, não importa a direção, o sentido. A fé o despertava, a obediência o movia.

A mulher o seguia, sem hesitar, sem questionar a vontade Daquele que os conduzia.

As três crianças dormiam, dormiam enquanto eu refletia, aonde aquele ônibus nos levaria. Como seria o nosso destino? E tudo o que eu havia vivido, era simplesmente para deixar para lá?

Com o phone no ouvido, deitado no colo do pastor, olhando pro mato escuro do lado de fora da janela, eu nada sabia.

E mais uma vez eu dormia, sonhando com uma paz que eu não entendia e com uma certeza que só Deus podia dar: uma família seguia unida, numa estrada sem luz, ás vezes esburacada, ás vezes seca, ás vezes fria; mas num caminho reto, cumprindo a missão que só Ele sabe o como e para quê seria...


Este texto foi baseado na minha vida pessoal, juntamente com a minha família.
Sei que muitos talvez se identifiquem com os sentimentos vividos nos momentos de mudança, de dar um salto de fé.

Morei em 8 cidades, 2 países. Residi em quase 15 casas diferentes. Estudei em 12 escolas. Minhas lembranças são divididas pelos lugares que morei, em cada ano. Foram mudanças agradáveis, algumas em que eu tive que me adaptar, outras em que me adequei perfeitamente. Conheci muita gente diferente, aprendi vários sotaques, gírias. Vivi no frio e no calor, na praia e no interior. Não me arrependo de nada, e viveria tudo de novo. Ás vezes sinto vontade de passar por tudo outra vez, ter a chance de ficar mais tempo em determinada cidade, escola ou casa.
Não sei aonde Deus ainda me levará, e se me levará. Mas seja aonde for, se Ele disser VAI, eu irei.

11/01/2010

O casamento é uma saga

Se perguntarmos a um platéia o porquê as pessoas se casam, certamente um rapaz ou uma garota, via de regra solteiros, erguerão os braços ansiosos por responder, e dirão que as pessoas se casam porque se amam.
Não acho que estão errados, mas não penso que este seja o própósito do casamento. Agora, à beira de um casamento, tenho buscado um casamento com um porquê, para que tenha uma direção. Acabei encontrando 3 tipos de casais muito comuns, com três razões de ser diferentes que descreverei brevemente. O último é aquele que creio melhor se encaixar na visão bíblica.
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1) O casamento é fuga, ou aquele em que 1+1=-2.
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Este casal é aquele que se une para atender as próprias necessidades pessoais. Normalmente, o homem quer poder fazer sexo sem ninguém pra encher o saco e sem enrolação, e normalmente a mulher que viver livre da "fantasmagórica floresta selvagem das mulheres solteiras" em que o ambiente é hostil e violento.
Em ambos os casos, os dois querem sair de um ambiente hostil e de tensão para um idealizado "relaxamento" no matrimônio. Acontece que, neste casamento, ambos querem satisfazer as próprias necessidades, mas o lençol é curta pra tanta frieza de coração, e aí um consome o outro, e em breve os dois estarão esgotados.
Outra característica deste casal é que, se antes eles tinham envolvimento com amigos e eram engajados na igreja e em um ministério, após o casamento nunca mais ninguém ouve falar deles.
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2) O casamento é um conto de fadas, ou aquele em que 1+1=0
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Este é um típico casal de hollywood, cujos Adam Sandlers e Hugh Grants se casam com as Drew Barrymore e René Zellwegger. Da mesma forma que o primeiro, ambos querem fugir de um estado de tensão para viver um estado de relaxamento. Diferente do primeiro, este não quer, necessariamente, satisfazer as próprias necessidades, mas colocam como o propósito do casamento "viver um romance". É a história do herói que luta contra o dragão, resgata a princesa e, juntos, vivem felizes para sempre.
Por favor, embora ache que os românticos (o do movimento literário e os de hoje) são mais egocêntricos que verdadeiramente apaixonados, não sou contra o romance de um casal! Claro que não! Aliás, o romane faz parte das delícias do casamento, e não do propósito último, e sobre as delícias prefiro falar depois da Lua de Mel com mais propriedade...
O problema deste casal de conto de fadas é que, primeiro, estão buscando a "felicidade eterna" na fonte errada, isto é, no romance e não em Cristo. E segundo, exatamente porque estão trilhando o caminho errado, os dragões nunca deixarão de existir, e o casal estará sempre em guerra com o mundo para proteger o "seu romance", a sua família, ou então, ficarão "para sempre" encastelados, vivendo a realidade do Adam Sandler e do Shrek em um sofá.
Este casal vive para si mesmo, seus relacionamentos com os outros devem satisfazer a família, e por isso são, tal qual ou pior que o outro, nulos na sociedade e na igreja. Se antes possuíam um grupo de amigos, agora somente ficarão com os amigos que afirmem a "felicidade eterna". Daí que são a dor de cabeça dos pastores, pois esta família se envolve na igreja por interesses, e não pensando em servir.
Esta ideia de família é tão contemporânea que certamente alguns dos leitores torceram o nariz com a crítica. Mas este ideal, embora parece bom por fortalecer a família, ele enfraque, por outro lado, a igreja de Cristo.
Ambos os casais buscam no casamento uma espécie de relaxamento, além de atender às próprias expectativas. Por trás das flores, dos rostos felizes e da música romântica está o coração em pecado e egoísta, além do dedo do inimigo buscando tirar jogadores do Reino de campo.
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3) O casamento é uma saga, ou quando 1+1=1, 2 + as estrelas do céu.
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Diferente do conto de fadas, a saga é a narrativa de um mito sobre um herói que luta pela libertação de um povo, sempre havendo renúncia e muitas vezes martírio. Olhando para Gênesis 2, quando Deus forma o homem, e a mulher, e a família, chego a conclusão que o casamento é uma saga.
Em Gn2, aprendemos que o homem foi criado com 1 propósito, cuidar do Jardim, e em Cristo Jesus, com uma missão, restaurar o Jardim. Ele se une à mulher não porque precisa de sexo, nem porque está tristinho precisando de doce em sua vida, ele se une à mulher porque não dá conta sozinho e cuidar do jardim, ele precisa de uma auxiliadora. Assim entendo também a missão da mulher, que não é a missão do lar, não é a missão de mãe, é a Missão de restaurar o jardim, que junto com o marido e a família, estará completa para realizá-la.
A vida é uma jornada traçada por Cristo Jesus, que é a nossa missão, e no meio deste caminho encontramos a parte que faltava, e ambos passam a trilhá-la juntos, quando se tornam uma só carne.
Desta forma, o casal não busca relaxamento, buscam serviço. No primeiro casal, ambos olham para os próprios umbigos. No segundo casal, olham-se um ao outro. No terceiro casal, admiram-se um ao outro como a si mesmos (o romance), observam em volta e miram em frente. Daí é o próprio Deus quem rega o amor deste casal.
É por isso que o casal é 1 em missão, 2 em identidade, 3 em espiritualidade, ligados a Cristo, e um trilhão de estrelas no céu em frutos para a Glória de Deus.
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- Ó Pai celeste, livra-me de buscar os meus desejos no casamento, livra-me de gastar toda a minha energia em pequenezas do casamento e desviar das coisas do alto e leva-nos, Esposa e Marido, ao caminho que o Senhor traçou para nós, através de serviço, renúncia e humildade, mas coroado de Glória.

03/01/2010

Quem quer ser um milionário?

Quem não gostaria de ser um milionário? Quem não gostaria de não ter que se preocupar com dinheiro e ter o bastante para gastar como e quando quiser? Apesar de ser um sonho aparentemente inalcançável, insistimos na busca por adquirir mais e mais. Vivemos em um mundo onde consumir e nos satisfazer é o objetivo final da nossa vida. Em tempos assim é preciso retornar à palavra de Deus e reaprender o que a Bíblia diz sobre o dinheiro e o seu uso.

Vamos ver o que um rei sábio e muito rico nos aconselha a respeito:

“Não te fadigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. Porventura fitarás os teus olhos naquilo que não é nada? Pois certamente a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus” Provérbios 23.4,5.

Que nosso Deus nos ajude a aplicar nossas forças e inteligência para a expansão do Seu Reino!