OBS.4s: observações quadradas para um mundo redondo sobre um Deus triúno!

30/12/2010

O centro da vontade de Deus

Este é um texto encomendado (rsrs). Pediram pra escrever sobre ele e aceitei, porque, além de ser um assunto muito importante, foi a partir do meu desejo de conhecer mais sobre a vontade de Deus que minha vida tomou novo rumo.

“O centro da vontade de Deus” é uma expressão muito utilizada hoje em dia. Todos dizem que não existe lugar melhor pra estar do que “o centro da vontade de Deus”. Mas afinal onde fica isto? Qual o caminho pra se chegar lá? Tem algum atalho? Consigo chegar nesse lugar ainda vivo?

Quando Deus me chamou para o ministério fiquei meio sem rumo. Estava no meio da faculdade de engenharia elétrica e acreditava que estava “no centro da vontade de Deus”, pois tinha paz no meu coração em relação ao curso que estava fazendo. Gostava, me dava bem nas matérias e tudo ia muito bem. Mas o Senhor me incomodou e me disse claramente que a alegria que sentiria vendo a finalização de uma usina hidroelétrica (naquela época ainda não estagiava na VA Tech) nunca se compararia àquela alegria que estava sentindo (quando vi a conversão de um amigo meu).


Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Lucas 15.7


A partir de então, comecei a tentar entender a vontade de Deus e buscá-lo. Foi um tempo gostoso; comecei a ler mais a bíblia e buscar mais a Deus. Tomei gosto pela leitura. O primeiro livro que li foi “O mistério da vontade de Deus”. Acreditava que ao terminar de ler eu teria uma resposta sobre pra onde ir ou o que fazer, mas não aconteceu. Li muito a bíblia nesse período e também orei bastante. Mas não encontrava resposta e esta busca me parecia um pouco vazia e sem sentido. Percebi que a intenção do meu coração era ter uma resposta, porque não conseguia viver com ansiedade de não saber o que Deus queria de mim e o que Ele faria da minha vida.

A maneira como me achegava a Deus era algo do tipo:

— Deus pra onde eu vou?

E ele me dizia:

— Vamos por aqui e...

Antes de Ele terminar de dar as instruções já seguia o meu caminho, sozinho, até que dava com a cara no muro. Então voltava pra Deus de novo e perguntava já meio bravo:

— O Senhor não disse que era por aqui?

— Disse, mas você me interrompeu no meio da conversa! Era para a gente ir junto e a gente tinha que ter virado à esquerda umas três quadras atrás.

Foi então que entendi que o “centro da vontade de Deus” não é um lugar a se chegar, mas um caminho a ser percorrido. Um caminho a ser percorrido com Ele. Percebi que Ele não me dava todas as respostas de uma vez pra que assim eu ficasse sempre próximo dEle pra perguntar sobre o próximo passo e manter um relacionamento constante e permitir que nossa intimidade crescesse.

Muitas vezes este caminho está escuro e não conseguimos enxergar onde dar o próximo passo. E devemos entender que é assim a vida de quem é nascido do Espírito.


O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. João 3.8


Pode ser que nesse caminho tenha obstáculos. Mas termos a certeza que Ele estará conosco neste caminho. E realmente não existe lugar melhor pra se estar do que “no caminho da vontade de Deus”.

Que o nosso Deus nos ajude a ter uma vida de devoção constante e fiel!

10/12/2010

FELIZ NATAL E ANO NOVO

OLÁ, QUERIDO LEITOR DO BLOG OBS.TETRAS!

EU, O AEFE, O MALA E O ZÉ QUEREMOS TE DESEJAR UM NATAL AGRADABILÍSSIMO E QUE SEU ESPÍRITO ESTEJA CHEIO DO AMOR E DA PAZ DE DEUS! ESTEJA COM A SUA FAMÍLIA, COM OS SEUS AMIGOS E PRINCIPALMENTE, NA PRESENÇA DO SENHOR!

DESEJAMOS TAMBÉM QUE 2011 SEJA UM ANO ONDE VOCÊ POSSA DEPOSITAR A SUA VIDA NAS MÃOS DE DEUS, CONFIANDO NO CAMINHO QUE ELE TEM PARA VOCÊ SEM PESTANEJAR, SEM HESITAR, SEM RECLAMAR!

OBRIGADO PELOS SEUS ACESSOS EM 2010 E ESPERAMOS QUE CONTINUE NOS VISITANDO EM 2011!

DEUS TE ABENÇOE COMO SEMPRE!

Obs.Tetras

01/11/2010

O ano de Josué

 Eu tinha ficado muito doente. Uma febre muito alta. Lembro que, sozinho, cheguei a ter umas alucinações. Fui à Santa Casa, e, missionário alucinado, senti o desejo insano de me levantar na sala de espera para pregar o evangelho para todos que estavam na sala. Alucinado, insano, mas covarde: não fiz nada. Cheguei a casa frustrado. Foi quando o Josué, sabendo que estava doente, foi me visitar. Compartilhei minha insanidade e minha covardia. Ele, sempre coerente, são e equilibrado, cedeu a tudo isso por ser, sempre, um bom amigo.
Compartilhei com ele o desejo de ir lá novamente, e ele decidiu ir comigo.
Cheguei novamente na sala de espera e, claro, não disse nada. Mas ele estava lá, ao meu lado, na minha vergonha.



Saímos dali, e ao retornar para casa, no encontramos com um grupo de moradores de rua, que nos abordaram. Daí não perdemos a chance, pregamos o evangelho! Lembro de termos feito uma roda de oração no meio da rua, com os moradores de rua que eram meio "pentecostais" rsrs. Pensando bem, acho que o Mala estava junto nesse dia...

Este ano o Josué se casa, e se forma em seu curso de missões, sendo o "primeiro missionário profissional" da turma, depois do Marquinho. Mas não é só um ano do Josué, é um ano de todos nós. Todos nós ficamos felizes quando um grande amigo fica feliz.

De todos nós, a renúncia do Josué era sempre a maior. Eu queria ser missionário, mas, a julgar pela minha formação em Letras, ser missionário era até um luxo. Mas o Josué não. Um dos únicos que não era filho de pastor, passou pelo curso de Engenharia sem nenhuma reprovação, empregado, e bem empregado. Trabalhava numa multinacional, com possibilidades de trabalhar no exterior. Nós fomos testemunhas de seu total desapego destas coisas para seguir o caminho do Senhor.



Outro assunto é namoradas. Da turma, era o mais galã. Ou mais "vistoso", como dizia o Marvin. Até o Rael gostava de vê-lo sem camisa, rsrsrs. Fomos testemunhas de tudo o que ele abriu mão para seguir sua vocação.

Depois, a escolha do curso. Íamos cursar seminário juntos. Em Sampa, com igreja, na IPB. Tudo mais fácil. Eu, covarde, fiquei. Mas ele seguiu para Viçosa. Somos testemunhas de tê-lo visto desempregado, solteiro, sem "nada", seguindo para Viçosa, interior de Minas, longe de suas "tecnologias".

Tenho outras inúmeras histórias que demonstram seu caráter abnegado. Lembro de tê-lo recebido na república, na sexta-feira véspera do dia das mães. Ele tinha passado no lugar em que encontramos a família de catadores de papelão, e que ele, de maneira especial, tinha se apegado a eles, auxiliando financeiramente a família diversas vezes. Mas naquele dia, ele tinha passado lá só para entregar um docinho de dia das mães à matriarca daquela família.

Também vi o seu empenho no trabalho no Moinho, apegado emocionalmente às famílias de lá: um frouxo, eu diria, rsrsrs.

Este ano não é só o ano de Josué: é o ano que testemunhamos a fidelidade do Senhor. Josué se casa, e se casa bem. Josué se forma em seu curso de missões, está feliz (ao que tudo indica), com um ministério, com um mestrado na Federal de Viçosa (mas quem vê nem percebe), com uma casinha de dar inveja.

Sara e eu somos gratos a Deus por ter vivido no tempo do Josué e da Karem, do Mala e da Miriã, do Israel e da Jéssica, do Marquinho e da Priscila, do Marcelo e da Lia, do Ricardinho, da Déa, do Marvin, do Pops, do Lu, e de tantos outros que fizeram uma geração incrível, e de que ainda vamos ouvir falar muito.

26/10/2010

A cosmovisão nossa de cada dia

Cosmovisão é um conjunto de pressuposições que sustentamos sobre a formação básica do nosso mundo[1], ou seja, é a maneira como cada pessoa enxerga e explica o mundo e seus acontecimentos.

Cada pessoa possui uma cosmovisão diferente (até mesmo pessoas de mesma cultura, religião, raça, etc.), pois sua maneira de ver o mundo é formatada, também, a partir de suas experiências pessoais.

No estudo de antropologia cultural aplicado à missão, vemos a importância de buscar compreender a cosmovisão dos povos e etnias que desejamos trabalhar para que a mensagem do Evangelho responda, para esta cultura, perguntas como: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Por que estou aqui?

À medida que a pessoa envelhece as pessoas se apegam cada vez mais em sua cosmovisão e, dificilmente, conseguirá alterá-la.

Na maneira cristã de ver o mundo acreditamos que o Espírito Santo, em sua ação regeneradora, é capaz de alterar a cosmovisão do homem (ser humano).

Ok. Isto foi apenas uma introdução sobre o que é cosmovisão. Agora tentarei apresentar como a cosmovisão pode atrapalhar meu relacionamento com Deus.

A cosmovisão, em si, não é ruim e não atrapalha. O problema está no apego à nossa maneira de ver o mundo de forma que a deixamos enrijecida e sem abertura para alterá-la. Existem alguns aspectos da cosmovisão que, de fato, não podemos alterar ou substituir, mas a inflexibilidade desta pode impedir que avancemos no conhecimento do Senhor.

Percebi nestes últimos anos, lendo a Bíblia, ouvindo sermões, palestras ou estudando, que minha cosmovisão, formada durante os meus 27 anos de vida me atrapalhou um pouco na minha capacidade de perceber algo novo (seja de uma pregação ou da leitura da Palavra).

Tudo que leio, ouço, vejo, percebo ou penso, passa pelo crivo da minha cosmovisão e então compreendo as informações a partir da minha própria cosmovisão. E é aí que mora o perigo.

Paulo adverte em sua carta aos romanos que não devemos viver como vivem as pessoas deste mundo, mas [deixar] que Deus [nos] transforme por meio de uma completa mudança da [nossa] mente. Continuando no versículo Paulo afirma que: Assim [conheceremos] a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele.

Creio que para o crescimento no relacionamento com Deus devemos entender o mundo à partir da Bíblia. Esforçar-nos para deixar nossa “bagagem cultural” (como dizem os antropológicos) de lado e estudar a Bíblia pela Bíblia. E que ao lermos a Palavra, ouvir uma pregação ou o que for, não a interpretemos conforme nossa maneira de ver o mundo, mas conforme a cosmovisão Bíblica.



[1] MONERGISMO. O que é uma cosmovisão? – Extraído e adaptado de O Universo ao Lado, James W. Sire, Editora Hagnos, 2004. Disponível em: http://www.monergismo.com/textos/cosmovisao/o-que-cosmovisao_sire.pdf

25/09/2010

Saudade de


Brincar na rua, ralar o joelho
Correr da hora do banho, dormir cedo
Assistir minha mãe fazendo bolo, acordar com medo
Voltar pra sala de aula suado, cair da bicicleta
Ver desenho logo cedo, visitar igreja com o meu pai
Dormir na casa do meu amigo, abrir a lancheira no recreio
Achar o Didi engraçado, andar de chinelo Rider
Tirar zero e levar bronca, saber a chamada inteira de cor
Arrancar o dente com a língua, tomar Sustagem
Pegar bicho do pé, pegar fruta da árvore
Ter medo de ficar sozinho, conversar até de madrugada
Juntar moeda pra comprar doce, usar o shampoo do Batman
Ter medo de morrer cedo, fingir estar dormindo
Ser o que eu gostaria de ser, acreditar que há jeito para tudo
Ser tão inocente, não me preocupar com a aparência
Me distrair facilmente, começar tudo de novo
Viver o que eu ainda não vivi, vestir qualquer roupa
Fugir da surra, esconder meus sentimentos
Encontrar respostas, esperar que dê tudo certo
Não entender o que eu fiz, não aceitar quem eu realmente sou
Rir de qualquer coisa, achar que tenho a razão
Pedir perdão, comer de boca aberta
Falar sem pensar, dormir de uniforme
Dizer adeus, matar a saudade.

15/09/2010

Como tomar decisões


André Filipe, Aefe!

Há 2 perguntas na Bíblia que expressam a angústia de dois jovens. As duas são grandes perguntas. O primeiro jovem pergunta sobre o que ele deveria fazer para alcançar a vida eterna (Mc.10.17). É uma boa pergunta, pois aponta que o jovem almeja a vida eterna, isto é, a eternidade em comunhão com Deus. Quantos de nós deixamos de querer alcançá-la? Quantos não estão diante de Deus perguntando: como alcançar um(a) namorado (a)? Qual curso profissional escolher? Como ganhar muito dinheiro? O que fazer para viver de maneira confortável? Que fazer para ser reconhecido? Que fazer para ser amado? Parece-me que não são muitos que estão buscando uma comunhão eterna com Deus.
Este primeiro jovem estava perguntando sobre qual caminho tomar. Mas há uma segunda pergunta que eu considero a mais incrível de todas, na Escritura. Quem faz a pergunta é o compositor do Salmo 119, no versículo 9. Ele interroga sobre como guardar puro o caminho.
A pergunta dele não era sobre direção, mas sobre “modo de fazer” e a sua preocupação não era algo a ganhar (a vida eterna), mas fazer o presenteador feliz. O maior valor para este jovem não era a sua própria felicidade, mas se apresentar diante de Deus de modo agradável

A resposta.
As duas perguntas possuem uma única resposta. Jesus dirige o primeiro jovem para seguir a lei, e o salmista responde ao jovem para que guarde a Palavra (a lei) no coração. Deste modo, o salmo 119 nos apresenta duas dimensões bíblicas a respeito da vida: a dimensão do caminho, da direção, horizontal; e a dimensão do coração, do interior, vertical. “Como tomar uma decisão?”, é da dimensão do caminho, mas a resposta deve ser buscada na dimensão do coração.
Qualquer decisão, qualquer direção, deve ser colocada à luz da Palavra de Deus: qual delas está no caminho da vida eterna? Qual delas é pura diante de Deus?
Além do mais, não podemos fugir de duas outras dificuldades. A primeira é que, após encontrar o caminho correto, como seguir o caminho correto. Saber é diferente de seguir. O próprio salmista, no versículo 5, exclama a dificuldade de firmar os passos na vontade de Deus, e o”jovem rico”, da primeira pergunta, sabia o que fazer, mas desistiu de tentar, porque saber é diferente de seguir. Para seguir o caminho, precisamos rogar a Deus que, através do sangue de Cristo e do espírito de Deus, purifique nosso coração, dia a dia.
A segunda dificuldade é tomar uma decisão entre duas ou três possibilidades viáveis, puras, no caminho, e encontrar, entre elas “a vontade de Deus para minha vida”. Penso que, ao rogar a Deus que purifique o seu coração, ao avaliar fielmente suas opções e ficar com aquelas agradáveis a Deus, deixe de lado a ansiedade e siga corajosa e confiantemente os seus sentidos (o seu coração restaurado), pois quando o coração é puro, ou a direção é correta, ou Deus a endireita, e quando o coração não é puro, simplesmente todas as direções levam para o abismo.

08/09/2010

Anunciando quem Jesus É!

Outro dia estava na fila do RU (Restaurante Universitário) e, como toda universidade, tinha lá um pessoal fazendo divulgação.

Quando vi, achei que se tratava de mais uma festa, mas na verdade era a divulgação de um congresso de Engenharia Mecânica e, por incrível que pareça, estava sendo divulgado por uma mulher.

O que mais me chamou a atenção não foi o fato de a divulgação ser feita por uma mulher, mas sim o slogan, ou melhor, a forma como ela divulgava o congresso. Ela entregava uns panfletos e dizia: “Venha participar. Além de mim terão mais 50 mulheres da engenharia mecânica”.

Sem entrar no mérito de isto ser verdade ou mentira o que me intrigou foi a motivação que aquela menina estava oferecendo para os possíveis participantes. Participar de um congresso de Engenharia Mecânica porque terá mulher? Será que o congresso não seria bom o bastante? Será que o que deveria nos atrair ao congresso seriam as mulheres e não as palestras? Será que as palestras seriam tão ruins que deveríamos ser atraídos pelas mulheres que estariam no evento? Que palestras vão ter? Que assunto será tratado? O que mais posso saber sobre o evento?

Da mesma forma, às vezes vejo a proclamação do Evangelho por algumas pessoas. Jesus não é mais o principal personagem da história. O que está sendo anunciado é o que Ele pode fazer por nós e o que podemos receber dEle. Anunciam: “Venham a Cristo e Ele poderá te dar isto ou aquilo”. Sim, Ele pode te dar bens! “Aceitem a Jesus e Ele te fartará”. Sim, Ele pode te fartar! “Só Jesus pode te perdoar”. Sim, isto é verdade! “Se você quiser ir para o céu tem que acreditar em Jesus”. Sim, isto também é verdade!

Mas quem é Jesus? Jesus não é só um meio para adquirirmos nossos desejos e saciarmos nossa sede (seja ela do que for). Jesus é a própria fonte. Ele é nosso eterno Rei!

Deixo aqui um vídeo muito interessante sobre quem Ele é! Vale a pena conferir!


30/08/2010

O crente e o dinheiro

Faz um tempo que tenho pensado em escrever sobre a relação do crente com o dinheiro. Mais especificamente quando se trata de um negócio entre cristãos.
Eu digo isso me incluindo pois existe uma maneira de encarar o serviço/produto que o nosso irmão cristão presta ou vende como sendo um favor.
Muitas vezes eu vejo, trabalhando em organizações evangélicas, que o dinheiro ou a compra de certa coisa é vista como um favor. Só pelo fato do vendedor/prestador de serviço ser da mesma família de fé nossa, pensamos que ele tem que nos dar de graça o serviço/produto, ou pelo menos com um desconto digno de nossa fé em Cristo.
Não foram poucas as vezes que eu vi pessoas acharem um absurdo não ganharem um desconto por serem crentes e estarem comprando de uma instituição crente. Gostaria de perguntar se nós não estamos esquecendo que o amar ao próximo como a nós mesmos. E se nós tivessemos vendendo e dependendo daquele dinheiro para nos sustentar. Assim como precisa haver um equilíbrio na lucratividade de um negócio é preciso haver um equilíbrio no ganho de descontos.
Gostaria de estender esse assunto para outras vertentes que não deixam de ser pertinentes. Ao se pedir um favor a um irmão na fé vejo pessoas se destituindo de sua responsabilidade bem como o contrátio, pegando responsabilidade demais. Isso não está errado? Chamamos ao outro de irmão e pedimos algum favor que é de nossa responsabilidade, assumimos um compromisso e deixamos para o outro fazer, afinal de contas ele é crente. E o que a bíblia diz sobre isso?
No livro de primeira Crônicas 21:22-24 vemos uma situação em que podemos ponderar sobre o que seria ideal.
22: E disse Davi a Ornã: Dá-me este lugar da eira, para edificar nele um altar ao SENHOR; dá-mo pelo seu valor, para que cesse este castigo sobre o povo.
23: Então disse Ornã a Davi: Toma-o para ti, e faça o rei meu senhor dele o que parecer bem aos seus olhos; eis que dou os bois para holocaustos, e os trilhos para lenha, e o trigo para oferta de alimentos; tudo dou.
24:E disse o rei Davi a Ornã: Não, antes, pelo seu valor, a quero comprar; porque não tomarei o que é teu, para o SENHOR, para que não ofereça holocausto sem custo.
Podemos ver que Davi reconhece a sua responsabilidade e paga por ela mesmo com a oferta de Ornã de dar tudo o que ele precisava.
Irmãos, vamos pensar melhor sobre essa questão, vamos assumir nossos compromissos e honrar nossos gastos.
Que Deus nos abençoe.

20/08/2010

Seja feita a minha vontade... Amém!



Você faz planos para a sua vida. Você quer porque quer que as coisas sejam do seu jeito, pois só desta forma você acha que será feliz, que terá uma vida confortavelmente maravilhosa. Você sonha, idealiza, coloca no papel e ora para que Deus faça do jeito que você está pedindo. Ou seja, você faz toda uma programação de vida e pede para Deus abençoar, em nome de Jesus. Que bonito! Seria muito bom se funcionasse dessa forma. Acontece que não é assim! Pelo menos não é assim comigo. Até um dia desses eu pensava e desejava que fosse deste jeito, mas vi o quanto errado eu estava. O plano não pode ser: EU – DEUS – EU. Traduzindo, eu quero (peço a Deus), Deus faz, eu recebo. Não!
Será que só conseguimos nos preocupar com a vida nesta terra? Será que tudo se baseia em aproveitar cada momento, cada pilar da vida: profissão, dinheiro, família, casa, carro. Vivemos simplesmente para receber, desfrutar e vencer?
Pensando nisto tudo (a pregação do pastor da I P Saúde ajudou muito), percebi que minha linha de pensamento estava errada. Aprendi (reconheci) que o correto é DEUS – EU – DEUS. Traduzindo, Deus mostra (fala), eu faço (obedeço), e Ele é glorificado. Desta forma, eu também sou abençoado, pois estando no caminho que Ele estabeleceu para mim, não há vida melhor!
Ficar preocupado com o quanto ganha, se escolheu a profissão certa, em como mudar de cidade (é o meu caso), entre outras coisas mais, tudo isto no fundo não vai ser respondido ao mesmo tempo, no seu tempo, da forma que você quer ouvir. Primeiro porque não é assim que Deus age, como um gênio mágico. Segundo porque a vida seria fácil demais, com tudo pronto. Terceiro porque Deus quer que você esteja sempre O buscando, e infelizmente, na maioria das vezes, O buscamos para pedir. Sem contar que sempre aprendemos, de alguma forma crescemos, quando quebramos a cara com os nossos planos frustrados, sonhos não-realizados. Reconhecemos então que não adianta querer que Deus faça a nossa vontade. Nós é que devemos querer fazer a vontade Dele.
Você quer continuar sonhando e fazendo planos atrás de planos? Tudo bem. Mas se você não estiver preparado e, se Deus não tiver de acordo, você vai morrer na praia. Vai ficar velho e vai perceber que podia ter sido tudo diferente, se tivesse quebrado o coração e escolhido a trilha de Deus.
Não se engane querendo que Deus aprove seus pedidos. Peça a Deus para lhe ensinar aonde ir, o que fazer e como, de acordo com a vontade Dele.
Aí está a realização profissional, amorosa, financeira, o que quer que seja que você tanto busca nesta vida!

16/08/2010

A mente do estudante com o coração em Deus



"Oh! não permitas Pai de amor,/ que aquilo que me dás/ eu ouse, incauto, desviar/ em causas vãs ou más!/ Não deixes que meu coração/ se engolfe no prazer/ e no fruir de muitos dons/ eu venha te esquecer ." Hino 58. J. Queiróz.

 
Há um bocado de motivos para você ter começado uma faculdade, jovem estudante. Pode ser que você tenha chegado à faculdade meio que sem pensar, seguindo a estrada que seus pais traçaram a você. Ou então, você quer ter um bom emprego na vida adulta, ganhar muito dinheiro etc. Ou até, quem sabe, está seguindo o seu coração, decidindo-se por fazer aquilo que gosta. Todos estes motivos, em certa medida, são válidos, mas quero encorajá-lo a pensar o quanto a sua faculdade tem a ver com sua fé.
 
Fé e ciência
 
"Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento" - Pv.2.6 (RA).

Há uma grande bobagem rolando na boca de gente a toa de que fé e razão são incompatíveis. No entanto, a relação entre conhecimento científico e fé é mais forte do que parece, pois as duas possuem um mesmo eixo, e este eixo é Deus. Tanto a fé em nosso coração quanto o conhecimento em nossa mente estão ligados a Deus, afinal, fé é a ciência de Deus, e ciência é a fé na criação de Deus. Fé é Deus revelando-se ao homem, e ciência é o homem buscando revelar a criação de Deus. E não tem como escapar, tanto a ciência (Pv.2.6) quanto a fé (Mt.11.27) são dadas por Deus ao homem.
Sendo assim, a ciência nada mais é do que tentar descrever o manual de instruções da criação de Deus, escondida por ele pelo pecado (Gn.11.1-9). Fazer ciência, seja qual for a sua faculdade, é ter alto conceito com aquele que tudo criou. Em última instância, Deus é o nosso referencial teórico maior. Por isso, é só através da fé em Deus que podemos fazer ciência séria e verdadeira. O orgulho, no entanto, faz o cientista desprezar Deus na ciência, e isso é loucura. Por isso, o homem mais sábio de todos os tempos, disse: "Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor" Pv. 1.7 (NTLH).
É por isso que Tiago diz: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com , em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento" - v.5-6 (RA).
Em tempo de faculdade ou de colegial, na igreja ou na sala de aula, tema ao Senhor, jovem estudante!

O NERD e o sábio

"Eu sou o Entendimento (...) Por meu intermédio, reinam os reis, e os príncipes decretam justiça. Por meu intermédio, governam os príncipes, os nobres e todos os juízes da terra. (...) Riquezas e honra estão comigo, bens duráveis e justiça. (...) Ando pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo, para dotar de bens os que me amam e lhes encher os tesouros" Pv.8.14-21 (RA).

Enquanto estiver na faculdade, jovem estudante, lembre-se que você deve servir a Deus com o conhecimento que você adquire. Não confunda ser estudioso com ser sábio. Não confunda saber toda a matéria e tirar 10 com fazer frutos de justiça com seu conhecimento científico. O NERD se esbanja com o que sabe, o sábio faz justiça e dá bons frutos. A grande chance de você fazer uma faculdade na verdade é um instrumento de Deus para que você o sirva, em amor ao próximo e em respeito à sua criação.
Um estudante cristão nunca pode ser um NERD, que estuda para o próprio prazer e satisfação e para o próprio orgulho. Antes disso, suas grandes notas são grandes responsabilidades de servir ao próximo. Jovem estudante, busque reconhecer, em cada aula, em cada matéria, em cada semestre, em cada monografia, em que o Senhor quer usá-lo. O seu TCC é para Cristo!
Veja o que diz Maurício Cunha, em O Reino entre nós, pag.84.
"Existem hoje muitos conceitos, procedimentos, pesquisas, ferramentas provenientes de várias profissões e que poderão nos ser úteis no caminho que trilhamos em Deus. O desenvolvimento pessoal dos que querem trabalhar de modo efetivo sempre passará por esses conhecimentos de alguma forma."
Por isso que o estudante deve se empenhar em estudar com afinco, sem preguiça. Guarde em seu coração a pergunta de Salomão: "Preguiçoso, até quando vai ficar deitado?" Pv.6.9. Neste sentido, há uma grande diferença entre Salomão e Paulo. Ambos eram muito estudiosos. Salomão disse: "resolvi examinar e estudar tudo o que se faz neste mundo. Que serviço cansativo é este que Deus nos Deus" Ecl.1.13 (NTLH). E Paulo responde: "Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo, o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem". O primeiro buscou sabedoria por si mesma e só encontrou inutilidade; o segundo buscou sabedoria olhando para Cristo e encontrou esperança. A diferença é gritante. Na velhice, Salomão é um velho cansado e pessimista, mas veja que testemunho de um grande e incansável estudioso como Paulo. Encarcerado, velho, pronto para morrer, abandonado por seus amigos, o apóstolo faz um incrível pedido ao seu amigo Timóteo: "Quando vier (...) traga os livros também, principalmente os de couro" - 2ª Tm.4.13 (NTLH).
Em tempo de faculdade ou de colegial, na igreja ou na sala de aula, sirva ao Senhor, jovem estudante!

A ciência na adoração
 
"Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" – Sl. 19.1.

No salmo 19, Davi é um investigador da natureza entusiasmado e admirado com seu Criador. Mas veja bem, você não precisa ser um astrônomo para verificar a grandeza de Deus. A grandeza da criação não está só no movimento dos seres celestes. A Glória de Deus está nas estrelas, mas também na variedade das espécies de animais e plantas, das florestas, a beleza das plantas, o universo dos seres invertebrados. Mas também está na complexidade do comportamento humano, dos seus pensamentos profundos, das suas linguagens e poesia; a Glória de Deus está no corpo humano e na capacidade dada por Deus deste ser criar medicamentos para os próprios problemas. Na criatividade e capacidade do homem de se organizar em empresas, em nações, em associações, capacidade de produzir produtos que o auxiliem e o agradem; a Glória de Deus está presente na inteligência do homem em desenvolver tecnologia, arquitetura e engenharia; está na originalidade do homem em manipular os elementos mais microscópicos da natureza e fazer disso auxílio para sua própria existência. Apesar de todo este desenvolvimento do homem, a Glória de Deus é ainda maior quando pensamos que, de tudo o que avançamos, não chega nem perto do que poderíamos conseguir criar e desenvolver não fosse a interferência do pecado no mundo e em nossa mente. A ciência não engrandece a criatura, mas o Artista. Nós fazemos faculdade para investigar e mostrar ao mundo o quanto o Criador é espantosamente grandioso!
Assim, jovem estudante, em tempo de faculdade ou de colegial, na igreja ou na sala de aula, tema, sirva e adore ao Senhor!

09/08/2010

Dois mandamentos em doze passos

Hoje é cada vez mais comum a busca pelo prazer -- seja ele qual for. Quando essa busca se torna obsessiva e ultrapassa limites morais, chamamos isso de “vício”. Os objetos de vício podem ser o álcool, a pornografia, as drogas, a comida, o trabalho, o tabaco, o sexo etc. Porém, esse comportamento obsessivo é só a ponta do “iceberg”. O que há por trás dele?

Em Mateus 22.35-37, Jesus nos ensina que existem dois principais mandamentos que se resumem neste: amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Para cumpri-lo, são necessários três tipos de relacionamento: do homem com Deus, do homem consigo mesmo e do homem com o seu próximo. Repare que Deus coloca as coisas no lugar em que elas devem estar -- ele acima e os homens iguais, sem diferenças. Além disso, ele vincula o mandamento a uma ação: amar o próximo como a si mesmo.

Desde a entrada do pecado, essas três relações estão sempre precisando de uma restauração. E para obedecermos aos mandamentos, precisamos que elas estejam em perfeito estado. Não é fácil -- e quando as relações não vão bem, os principais indicativos são os comportamentos viciados.

Então, como obedecer aos mandamentos, se os relacionamentos estão quebrados ou em vias de falir? Os doze passos dos alcoólicos anônimos foram criados por dois alcoolistas. Ao contrário do que muitos pensam, os passos não tratam do alcoolismo em si, mas de restaurar os relacionamentos descritos anteriormente.

Para restaurar o relacionamento “com Deus”, preciso: 1) Admitir que sou impotente perante os efeitos da minha separação de Deus (a saber: pornografia, álcool etc.), que perdi o domínio sobre minha vida. 2) Vir a acreditar que um poder superior a mim mesmo pode devolver-me a sanidade. 3) Decidir entregar minha vontade e minha vida aos cuidados de Deus.

Para restaurar o relacionamento “comigo mesmo”, preciso: 4) Fazer um minucioso inventário moral de mim mesmo. 5) Admitir perante Deus, eu mesmo e outro ser humano a natureza exata de minhas falhas. 6) Prontificar-me inteiramente a deixar que Deus remova todos esses defeitos de caráter. 7) Humildemente rogar a ele que me livre de minhas imperfeições.

Para restaurar o relacionamento “com o próximo”, preciso: 8) Fazer uma relação de todas as pessoas a quem prejudiquei e me dispor a reparar os danos a elas causados. 9) Fazer a reparação direta dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando isso signifique prejudicá-las ou a outrem. 10) Continuar a fazer o inventário pessoal e, quando estiver errado, admiti-lo prontamente.

Os dois últimos passos existem para manter os relacionamentos saudáveis: 11) Procurar, por meio da oração e meditação, melhorar meu contato consciente com Deus. Pedir apenas o conhecimento de sua vontade e forças para realizá-la. 12) Procurar transmitir essa mensagem e praticar estes princípios.

Os doze passos fazem parte da minha caminhada diária com Deus, comigo mesmo e com o próximo. Possibilita-me abandonar comportamentos destrutivos e viver uma vida de maturidade espiritual e emocional.

Texto retirado da Revista Ultimato Edição 325, para acessar clique aqui.

02/08/2010

Jesus, missionário exemplar

Quando pensamos em missão no novo testamento logo vem a nossa mente a “grande comissão” registrada em Mateus 28. Temos que ter em mente que esta passagem, tão explorada em congressos e conferências missionárias, tem sua importância, mas não é suficiente para desenvolver uma teologia bíblica da missão.

Pensando em missão no novo testamento, pode vir também a nossa mente as inúmeras histórias sobre como o evangelho foi espalhado no primeiro século. Sem dúvida os apóstolos têm grande importância nesta história e deixam-nos muitos exemplos e lições que devemos seguir para cumprir a tarefa que, graciosamente, o Senhor nos deixou, mas ainda não expressa o caráter da missão.

Para entender um pouco mais da missão de Deus no novo testamento, este texto propõe uma abordagem da missão através do exemplo de Jesus.

No capítulo 20 do Evangelho de João encontramos outra comissão. Jesus, ressurreto, encontra seus discípulos e os envia como Deus o enviara (João 20.21). Observamos, então, que o modelo da missão deve ser Jesus. Mais que um modelo é um padrão que deve ser seguido. Somos enviados para a missão assim como Jesus foi enviado por Deus.

Agora é preciso refletir sobre como é o padrão de Jesus para a missão.

A vida de Jesus, registrada nos evangelhos, reflete seu caráter e comprometimento com a missão. Através de seus ensinos, milagres, sofrimento, vemos o filho de Deus cumprindo a missão que lhe fora ordenada.

Na carta de Paulo aos filipenses encontramos um relato muito interessante de como Cristo realizou sua missão e iremos nos ater mais nesta passagem.

5Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.

Filipenses 2.5-8

Em amor, Jesus nasce no mundo. Apesar de ser Deus, ele não se prende a estes privilégios e escolhe vir ao mundo para cumprir a missão que lhe cabia. Neste exemplo de ação começa nossa observação da atitude de Jesus quanto à missão. Cristo dá o passo inicial da sua missão deixando uma posição de privilégios infinitos para nascer no tempo e no espaço, e se sujeitar a tudo aquilo que viria lhe acontecer. Somente dando este primeiro passo Cristo conseguiria cumprir sua missão.

Outra atitude de Cristo é esvaziar-se. Ele abre mão de tudo o que era seu por direito ao assumir a figura humana (vale lembrar que Cristo não deixou de ser Deus ao tomar esta atitude).

E Cristo não apenas deixa de lado seus privilégios e esvazia-se tornando a semelhança de homens, mas toma a forma de servo, isto é, escravo. Esta linguagem expressa intensamente a prontidão de Cristo para despojar-se de seu status tão elevado.

Para Cristo morrer, era necessário que ele fosse completamente homem, ou seja, ele se tornou verdadeiramente humano identificando-se com as pessoas que, com ele, se relacionava (“semelhança” significa mais que similaridade).

Ainda em nesta passagem lemos que Jesus se humilhou. Mais uma vez vemos um ato de sua livre atitude pessoal de se submeter totalmente à vontade de Deus. Cristo leva esta submissão às últimas conseqüências, pagando o preço por nossos pecados morrendo na cruz em nosso lugar.

Nós também, como cristãos, devemos deixar nossas posições de privilégios, seja ela qual for, para que consigamos realizar a missão que nos foi confiada. Esvaziando-nos de nós mesmos e deixando de lado nosso ego e desejos egoístas. Abrindo mão de bens, tempo, prazeres, demonstrando uma atitude altruísta. Tomando uma atitude de servo – escravo – submetendo-nos inteiramente ao nosso Senhor e estando pronto a servir o nosso próximo. Identificando com o povo que iremos servir (seja ele nosso vizinho ou um povo do outro lado do mundo). Humilhando-nos na presença de Deus e nos submetendo inteiramente a Sua vontade.

E que assim, ao cumprir a ordem de Jesus de “ir”, estejamos certos que Ele é nosso exemplo maior de missionário e lutar diariamente, pela graça de Deus, para que nossas atitudes cada vez mais sejam parecidas com a dEle.

13/07/2010

Cansei


Cansei! Cansei de querer um mundo diferente. Cansei de tentar me mudar e não conseguir.
Cansei de corrigir a mim mesmo e aos outros.
Cansei!
Cansei de tentar chegar mais próximo de Deus.
Chega dessa história de me controlar o tempo todo, até quando eu vou ter que lutar contra meu vício?
Sim, sou um derrotado. Fui derrotado pelo pecado. Fui derrotado por mim mesmo. Fui derrotado pelas consequências do meu afastamento de Deus.
Sim, não consigo me aproximar de Deus. Não consigo lutar contra nada disso.
Quem sabe assim, desistindo, entenda o que a bíblia quer dizer com Deus ensinar aos pobres, derrotados e bater de frente com os soberbos.
Quem sabe assim, eu pare de ir atrás de Deus e deixo Ele me alcançar. E assim eu descubra como a sabedoria de Deus é loucura para os homens....

03/07/2010

It is Finished


Words and music by Bob Hartman


No calor da manhã, no monte que eles chamavam de Caveira

O brado da multidão nervosa se acalmou

Todos os olhos estavam voltados ao homem cujos pés e mãos estavam amarrados

Eles o viram gritar de dor quando o martelo bateu


Eles viram os espinhos ensanguentados com os quais

Ele havia sido coroado

Eles viram a cruz ensanguentada ser jogada no chão

Os soldados apostavam Suas roupas, o povo assistia eles ganhando e perdendo

Eles viram a placa sobre Sua cabeça que dizia "Rei dos Judeus"


(Está consumado) E o céu ficou negro como a noite

(Está consumado) E o povo se dispersou de medo

A obra foi concluída, a redenção foi conquistada

A guerra foi vencida, sem nenhuma luta

Está consumado


Eles olhavam pro Seu rosto, tentando ver raiva ou vingança no Seus olhos

Ao invés de olhos queimando de ódio, um olhar de amor estava lá

Ele orou pedindo perdão por eles e baixou a cabeça

E ninguém entendeu o que queriam dizer suas últimas palavras


A provisão foi feita O alicerce foi colocado

Ele pagou o resgate e rasgou o véu do templo em dois

E abriu o caminho pra mim e pra você

Está consumado!


28/06/2010

A melhor seleção do mundo!




Enquanto aguardamos com ansiedade a conclusão deste campeonato, você deve se lembrar de grandes momentos de emoção, terríveis momentos de tensão, momentos em que choramos e momentos em que sorrimos. Pois neste campeonato, há tempo pra tudo...
Vamos trazer a memória o que pode nos dar esperança: você deve se lembrar dos primeiros jogos, quando o time de Adão começou muito mal, com um gol contra, diante de toda a torcida do #jardimdoEden...
A urucubaca continuou, e você deve ter ficado aflito (a) no jogo em que, além de ter chovido demais, os jogadores do time de Noé jogaram como verdadeiros animais. O jogo foi mesmo uma tragédia!
Na partida seguinte, você deve ter ficado no mínimo frustrado (a) quando o orgulhoso time da #torredeBabel, que entrou em campo jogando muito no primeiro tempo, mas no segundo tempo foi uma confusão, parecia que ninguém mais falava a mesma língua.
O campeonato começou a ficar bom mesmo quando o técnico Jacó entrou em campo com seus doze filhos, lembrando que os levitas eram apenas auxiliares técnicos. Você viu também quando Moisés assumiu como técnico de #Israel e goleoou o #Egito por dez a zero! #Israel estava uma praga para o #Egito! #Israel continuou surpreendendo quando enfrentou e ganhou do time gigante dos #filisteus. Alguns comentaristas chegaram a dizer que foi um verdadeiro duelo de Davi e Golias!
Mas, enfim, vimos uma série de erros técnicos sem fim do time de #Israel e, como consequência, foram massacrados sucessivamente pela #Assíria e pelos #Persas.

Na segunda fase do campeonato, você acompanhou o surgimento, no cenário do campeonato, de uma seleção de jogadores escolhidos por Iavé e entregues ao seu filho Jesus, formada por doze jogadores (lembrando que Judas foi expulso no primeiro jogo). Estes jogadores não eram estrelas dos times romanos e nunca tinham sido campeões do mundo, mas quando entraram em campo jogavam com todo o coração, com toda a alma e com todo o entendimento.
Foi tão surpreendente a ascensão deste time que, vocês sabem, os times de #Israel e de #Roma deram um jeito nada legal de tirar Jesus de cena; mas seus jogadores continuaram com toda a garra e determinação, e com tanta fidelidade ao treinador expulso do campeonato, que foram chamados de #cristãos.
Temos que dar especial destaque ao excelente atacante e até agora o artilheiro do campeonato Paulo, que antes jogava por #Israel, massacrando os outros times, e agora mudou de time, jogando pelo time de Jesus. Apesar da polêmica discussão com o auxiliar técnico Barnabé, Paulo, formando tabela com Silas e Timóteo, conquistou para os #cristãos a vitória contra os #Romanos, #Gálatas, #Efésios, #Filipenses entre outros, e com especial destaque, ganhando daquele que tem a segunda maior torcida do mundo, e que este ano comemora o centenário, os #Coríntios.

Enfim, os cristãos chegam ao final do campeonato enfrentando aquele time cujo treinador deixou em segredo seu principal atacante, que insiste em chamar de “A Besta”, mas que a imprensa especula ser o próprio Papa ou o presidente dos EUA, ou mesmo, algum jogador de #Israel, revoltado com a deserção de Paulo.
O time rival diz que vai apertar e os #cristãos sabem que enfrentarão um jogo duro, com muitas tribulações. Mas estão confiantes e cheios de esperança, pois eles aguardam uma arma final: o retorno de seu treinador Jesus Cristo.
Por isso, a torcida pode ficar vigilante e confiante, pois o maior artilheiro deste campeonato incentivou a torcida de #cristãos, em uma coletiva aos romanos, às 8h37 de ontem:
- É, com certeza... em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

E aí, você se lembra de mais algum lance importante do campeonato?

19/06/2010

Criação e missão

Ao falarmos da criação, devemos primeiro retirar a idéia de que esta obra está presa no passado e que se concentra apenas nos relatos dos primeiros capítulos de Gênesis. É importante entender que a criação é uma ação dinâmica de Deus ao longo da história, que tem seu início no livro de Gênesis, caminha pela história presente e terá sua consumação na nova criação. Além disso, é necessário compreender a relação entre a criação e a salvação (STEUERNAGEL, 1994).

Neste sentido, este texto procura apresentar a relação da criação com a missão redentora de Deus ao longo de toda história buscando abordar seus principais aspectos nas diferentes épocas da história.

Antes, porém, é necessário apresentar um conceito de missão para que possamos desenvolver sua relação com a criação.

Primeiro devemos ter em mente que quando falamos de missão estamos falando da missio Dei (missão de Deus), ou seja, a missão é de Deus. Isto significa que a iniciativa da missão é dEle (criados no tempo) e os resultados da missão são dEle (criados para Sua glória). Significa dizer que é dEle os recursos para que a missão seja cumprida (criados com capacidades) e que dEle vem a motivação para se fazer missão (criados com amor).

A seguir, o texto foi divido em quatro partes que apresenta com um pouco mais de detalhes cada um destes aspectos da criação.

Criados no tempo

Nosso Deus é eterno. Ele é o alpha e o ômega, o início e o fim. Ele sempre existiu e irá sempre existir (Salmo 90.2). Nosso Deus tem domínio sobre o tempo e é soberano sobre ele. A história da humanidade não passa de um ponto no radar da eternidade de Deus (BELL, 2010).

Então, Deus decide criar. Deus cria os céus, o mar, as estrelas, os animais e o homem. O primeiro passo da missão é dado por Deus na criação. No início de nossa Era Deus rompe a eternidade para se relacionar com a criação. É dEle o desejo e a iniciativa de se relacionar profundamente com a criação.

É Deus quem se achega a nós sendo nós ainda pecadores (Romanos 5.8) e nós tão somente podemos amá-Lo porque Ele nos amou primeiro (1 João 4.19) tomando a iniciativa ao nos criar.

Temos que ter em mente que o relato da criação registrado em Gênesis fora escrito depois da saída do povo do Egito com o objetivo de mostrar a intenção de Deus em se relacionar com a criação. Neste ponto, Israel estava preste a entrar na terra prometida e, como uma nação que testemunharia o Senhor, deveria expressar esta intenção de Deus em se relacionar com todos os povos.

Agora, nós, em resposta a esta atitude, devemos nos voltar ao Deus da criação e nos relacionarmos com Ele em amor, humildade e confiança. E apresentar este Deus de iniciativas às pessoas que ainda não O conhece.

Criados para Sua glória

No Salmo 19 podemos observar que a criação glorifica a Deus: Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. A criação inerte glorifica a Deus, foi criada para este fim.

Da mesma forma os homens foram criados para glorificar a Deus. Nas palavras do profeta Isaías, lemos: Trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra. A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória (Isaías 43.6-7).

Deus preza e tem zelo pela sua glória (PIPER, 2010). E somos chamados a viver de modo que cada atitude nossa glorifique a Deus (Colossenses 3.17) e, tendo atitudes que glorifiquem a Deus, brilhe nossa luz diante dos homens, para que eles também glorifiquem o nosso Pai que está nos céus (Mateus 5.16).

Criados com capacidades

Ao criar o homem Deus o capacitou. Ao homem foi dada a capacidade de cuidar da criação e cultivar a terra. Deus capacitou o homem com criatividade para dar nomes aos animais. E, criados a imagem e semelhança do Criador, podemos desenvolver nossas capacidades a serviço do Seu Reino.

Vem também de Deus a nossa capacidade de desenvolvermos nossa salvação, porque é Ele quem efetua em nós tanto o querer quanto o realizar, segundo a sua boa vontade (Filipenses 2.11-12).

Esta verdade deve ser experimentada na nossa vida diária, reconhecendo que em nós não habita bem nenhum (Romanos 7.18) e voltarmos humildemente ao nosso Salvador, confinando que Ele pode e irá nos resgatar. E, assim, levar esta verdade ao nosso próximo, seja ele quem for.

Criados com amor

Vimos que Deus tomou a iniciativa na criação e que fez isto para Sua glória. Vimos que o Deus nos capacita para a Sua obra. Agora é importante saber que cada uma desta atitude foi tomada, por Deus, em amor.

Quando o Senhor decidiu nos criar Ele sabia o que aconteceria. Sabia que nos rebelaríamos e que o sacrifício do Seu filho seria requerido, mas mesmo assim tomou a iniciativa de nos criar. Em amor, Ele produz em nós o desejo de glorificá-Lo. Ao olharmos para cruz, devemos enxergar que o nosso Senhor estava nos amando não somente naquele momento, mas desde o início quando decidiu nos criar.

Bibliografia

PIPER, John. O zelo de Deus por sua própria glória. Disponível em: http://iprodigo.com/traducoes/o-zelo-de-deus-por-sua-propria-gloria.html. Acessado em 20 de maio de 2010.

STEUERNAGEL, Valdir. No princípio era o Verbo. Curitiba. Encontrão, 1994.

BELL, Rob. Nooma – Tree. Disponível em: http://video.google.com/videoplay?docid=-3450869311833925278#. Acessado em: 19 de maio de 2010.

06/06/2010

Cuidem das minhas ovelhas


Hoje, em cada esquina, tem uma igreja. Ás vezes entramos pensando ser um salão de beleza, mas não, é uma igreja. Eu deveria ficar feliz, não é? Ora, a igreja está se espalhando sem limites! Por que escrever um texto abordando a diversidade de igrejas e denominações?

Em minha opinião, tem denominação que parece até empresa, vive abrindo franquias. E como dão lucro! Clientes ansiosos por um amparo, por respostas, por cura, aparecem na porta da aparente igreja, e ficam. Ficam pensando que terão o retorno esperado.

Quantas, mas quantas pessoas precisam ser ouvidas! Percebo que grande parte dos pastores está preocupada em aparecer no domingo para dirigir o culto e pregar. Só!
Não há um sentimento de preocupação, uma vontade de ouvir as ovelhas, conhecer profundamente a vida de cada uma e orar.
Estão resumidos em cumprir a tarefa de administrar o templo!
Irmãos se afastando, irmãos se desviando, irmãos morrendo, sem ter tempo e incentivo para voltar ao evangelho! Todos nós estamos preocupados em evangelizar, buscar novas almas, e aumentar o número da igreja, mas nem mesmo conseguimos cuidar de quem está dentro.
No capítulo 33 de Ezequiel, Deus mostra claramente a nossa responsabilidade em advertir e orientar o próximo na sua conduta, caso ele se desvie. Se não o fizermos, a culpa da morte eterna dele será nossa.
Deus nos julgará segundo os nossos próprios caminhos. “Se eu garantir ao justo que ele irá viver, mas ele, confiando em sua justiça, fizer o mal, de suas ações justas nada será lembrado; ele morrerá por causa do mal que fez.” (Ezq. 33:13)

Voltando ao assunto, no mesmo livro mencionado acima, agora no capítulo 34, Deus enfatiza o cuidado que os pastores devem ter com suas ovelhas! As ovelhas tendem a se perder e, estando perdidas, são facilmente tragadas pelo mal. Logo, cabe ao seu pastor cuidar, guiar, proteger, aconselhar, tratar as feridas e, caso se percam, procurá-las e trazê-las de volta!
Não lembro agora de já ter lido na Bíblia sobre Deus fazendo um juramento sobre a própria vida como li em Ezequiel 34:8-10. Se os pastores se preocuparem consigo mesmo e deixarem o rebanho de lado, Deus se voltará contra estes pastores e os responsabilizará por cada perda. Cada uma.

Há uma ilustração interessante que me veio à mente: Deus é pastor de todo o rebanho. Nós somos o seu cão-pastor. Ele nos manda ir juntar as ovelhas, organizá-las e protegê-las. Alguns de nós ignoramos a ordem e corremos para o outro lado do campo, indo atrás de achar o nosso próprio osso enterrado.

Quando entrar um perdido na igreja, na hora do culto, esteja ele bêbado, endemoniado ou louco, vamos esquecer os formalismos do culto e chamar esta ovelha desgarrada à frente, para ser clamada a presença e misericórdia de Deus na vida dela.

Que cada um de nós possa começar a se preocupar um com o outro, que os pastores cuidem de seus rebanhos e que juntos, resgatemos a vida daqueles que estão vagando sem direção.

23/05/2010

Esperança no sofrimento

E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Romanos 5.3-4

Em última análise devemos entender que o sofrimento produzirá esperança. Vale lembrar que o sofrimento aqui apresentado pelo apóstolo Paulo não é decorrente de uma vida que desagrada a Deus ou do pecado, mas é o sofrimento por se identificar como um seguidor de Jesus. E sofrer por amor ao Senhor nos trará esperança.

Creio que esta esperança é criada no nosso coração quando passamos por estes processos apresentados nos versículos três e quatro de Romanos cinco. Primeiro devemos nos alegrar no sofrimento, acreditando identificarmos com os sofrimentos de Cristo é algo honroso e digno. E com esta alegria aguardar com paciência o resgate do Senhor que poderá vir, ou não.

Passar por estas etapas produzirá uma esperança em nós que não irá nos confundir. Enfrentar com alegria o sofrimento só é possível quando cremos que existe algo além desta vida e é lá onde está nossa esperança. Desenvolver a paciência durante o sofrimento só tem sentido quando cremos que a vida pela qual ansiamos não está neste mundo, mas na esperança de uma vida ao lado do nosso Senhor na eternidade.

Paulo nos lembra que “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15.19). Precisamos, portanto, sempre trazer à memória que fomos criados para a eternidade e olhar firme para o autor e consumador da nossa fé e que assim o Senhor, nosso Deus, nos ajude a enfrentar o sofrimento com alegria, paciência e esperança.

19/05/2010

Massa de manobra


Eu tenho me deparado com uma situação muito complicada que a nossa sociedade vive.
É a questão da relativização.
Sinceramente eu não faço muita idéia de como lidar com isso, pois quando as pessoas vivem relativizando tudo eles dão crédito para todas as coisas acontecerem.
Por exemplo: uma pessoa se diz muçulmana mas eu ser cristão para ela é bom também porque esse foi o caminho que eu escolhi.
Uma pessoa se diz homosexual mas eu ser heterosexual significa que de acordo com minhas experiências eu escolhi ser assim.
Quando o relativismo impera, ele valida todas as práticas. Até um crime pode ser validado olhando de acordo com a experiência do criminoso.
Sendo assim, tudo que vem de novo para nós, nós experimentamos sem provar sobre alguma base de vida.
Tenho visto isso muito no mundo evangélico. Toda nova onda que surge não é contestada a luz da bíblia, da nossa base de fé e daí vira essa bagunça.
Não podemos ficar caminhando de um lado para o outro sem nos firmarmos em alguma coisa.

A expressão massa de manobra nunca me foi tão clara quanto nesse momento. Todas as coisas que surgem está bom então vemos uma multidão caminhando de um lado para o outro de uma experiência para outra sem saber o real sentido daquilo.

Vamos tomar cuidado com o que chega para nós. Vamos estudar o que cremos, vamos ser firmes nisso e vamos nos vigiar.

09/05/2010

Quando Deus muda um nome


Nestes dias veio um pensamento engraçado na minha cabeça. E se Deus mudasse o meu nome? Todas as vezes que ele mudava o nome de alguém na Bíblia, era para transformar profundamente a vida da pessoa. Meu nome já seria um nome mudado, pois foi o que Deus fez com Jacó, por exemplo.
Israel, do hebraico, significa “príncipe de Deus”, ou “campeão com Deus”, ou ainda “lutou com Deus”. Jacó queria porque queria ser abençoado, e lutou insistentemente por isso, até que o Senhor teve que acabar com a “brincadeira” logo de uma vez, deslocando a coxa de dele.
Certamente, Jacó permaneceu mancando a vida inteira, como prova do grande desejo dele de ser abençoado por Deus.

Pelo que me lembro, tudo começou com o primeiro patriarca, Abraão, que no hebraico quer dizer “pai de muitos”. Devido à extrema obediência e fidelidade de Abrão a Deus, Deus firmou uma aliança com o Seu servo e mudou o nome dele, de forma tão grande que ele é conhecido como o pai das nações, o pai do povo de Israel.

No Novo Testamento temos também mais dois grandes homens que tiveram seus nomes mudados e consequentemente suas vidas transformadas. Simão era um simples pescador. Quando Jesus o chamou para segui-lo, chamou-o pelo nome de Pedro, que quer dizer “pedra”. Imagino que Jesus deve ter associado a personalidade firme, forte, rude de Pedro ao significado de seu nome. Pedro deixou de ser um mero pescador para passar a ser um pescador de homens. Um homem que estava sempre ao lado de Jesus, pronto para morrer por Ele, para defendê-lO de qualquer ameaça humana. Pedro é um dos nomes mais conhecidos da Bíblia e, mesmo ele sendo um homem “ignorante”, tinha a característica nítida de liderança frente aos outros apóstolos. Pedro foi o carro chefe da obra missionária, após a ascensão de Jesus. Jesus mudou não só o nome de Pedro, mas todo o significado, sentido e percurso da vida dele.

Por fim, quero exemplificar um dos nomes que considero uma das mais importantes mudanças de vida. Saulo, um homem culto, inteligente e teologicamente correto, perseguia a igreja enquanto os discípulos lutavam para fazê-la crescer. E Deus, na hora Dele, chamou Saulo para deixar de persegui-lo e passar a servi-lo. E Saulo passou a ser chamado de Paulo. E Paulo largou todo o contexto em que vivia e servia, para cumprir o chamado de Deus.

Seria engraçado se Deus mudasse cada um dos nossos nomes, no momento em que Ele mudasse as nossas vidas.

06/05/2010

A parábola do bom corintiano

André Filipe, Aefe!

E eis que certo homem, doutor em teologia pela Theological University, se levantou com o intuito de pôr Jesus à prova, e disse-lhe:
- Mestre, sinto-me sem identidade nestes tempos modernos. Olhe bem: Sigmund Freud, pai da psicanálise, afirma que não somos responsáveis pelo que pensamos, pois não podemos controlar nosso inconsciente. Charles Darwin, o pai da teoria da evolução, nos diz que somos obra de um processo evolutivo gerado pelo acaso, e com Ferdinand Saussure, pai da lingüística, descobrimos que não produzimos nossas frases, mas são fruto do meio em que vivemos! Aí vem, finalmente, Karl Marx dizendo que nossas ações não passam de uma resposta ao sistema ideológico do qual fazemos parte. Diante de tudo isso, eu não sei mais quem somos... Quem somos nós, mestre?
Então, Jesus lhe perguntou:
- Que diz a ciência?
A isto, ele respondeu:
- Que somos seres humanos.
Então, Jesus lhe disse:
- Respondeste corretamente; seja, portanto, humano.
Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus:
- Como, então, sendo humano, posso agradar a Deus?
E Jesus propôs uma parábola, dizendo:
- Certo pai de família vivia numa cidade muito pobre. Buscando uma vida melhor, foi tentar a vida na cidade grande, mesmo tendo toda a sua família contra esta decisão.
Chegou na cidade sem casa, sem esposa, sem dinheiro e sem trabalho. Viveu de bicos, morando em pensões sujas, comendo pouco e perdendo sua identidade e os demais documentos. Passaram-se meses, anos, e nem trabalho vinha, nem dignidade ficava. Foi morar na rua e, de vergonha, não falava mais com sua esposa e filhos.
Casualmente, um grupo de pessoas que entregava lanche à noite para os moradores de rua, aconselharam- no a buscar ajuda em uma igreja evangélica.
A primeira que freqüentou foi uma igreja evangélica tradicional. Sentiu-se mal por que todas as pessoas vestiam-se muito bem, pareciam muito felizes e muito ricas, enquanto ele estava sujo, com roupas rasgadas e barba por fazer. Após ser cumprimentando com a alegria exigida aos diáconos, foi aconselhado a sentar mais no fundo, para que seu cheiro não incomodasse os demais. Ao sair, ofereceram uma cesta básica...
Numa igreja evangélica pentecostal sentiu-se mais à vontade. Havia muitas pessoas e ninguém reparava em sua presença. Também, pôde cantar alto, gritar, explodir em emoções. Mas, ao final, deixou na igreja todo o pouco que recebera de esmolas, induzido pelo pregador, com a promessa de que receberia o dobro, que nunca veio.
Cansado e desiludido, voltava às ruas não querendo mais saber de igrejas.
Certo ateu, marxista, darwinista, corintiano e com tendências espíritas, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, conversou com ele: pagou-lhe um almoço; uma pensão; mandou fazer toda a sua documentação e, finalmente, arrumou um emprego para o mendigo, que agora podia voltar para sua família com maior dignidade.
Qual destes três, os humanos tradicionais, os humanos pentecostais ou o ateu, agradou mais a Deus pai?
Respondeu-lhe o doutor em teologia:
- O que usou de misericórdia para com o outro.
Então, Jesus lhe disse:
- Vai, e procede tu de igual modo.
Despedindo as multidões, Jesus chegou-se aos seus discípulos e disse:
- A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais, fala-se por parábolas, para que, vendo, não vejam; e ouvindo, não entendam. Vão, e anunciem a Palavra de Deus por todo o mundo, com o que vos darei.
Nisto, distribuiu-lhes instrumentos musicais. Ao que seus discípulos interrogaram:
- Mestre, como anunciar a Palavra de Deus com instrumentos musicais, sem palavra humana?
Ao que Jesus respondeu:
- A palavra do homem não têm em si mesma nenhuma consistência. A Palavra de Deus não é ciência é consciência. Vão e falem aos corações humanos.

25/04/2010

Paciência no sofrimento

E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Romanos 5.3-4

Durante um período de adversidade em nossa vida muitas vezes pensamos em desistir, deixar tudo pra traz e entregar os pontos. Falta-nos paciência. Não queremos aguardar a resposta de Deus para nossa situação e ansiamos por um resgate imediato.

O apóstolo Paulo nos instrui a ter paciência em um momento de sofrimento, pois isto produzirá aprovação de Deus (conforme a Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

É estranho pensar que a paciência é fruto do sofrimento, como se dependêssemos de sofrer para ter paciência, mas creio que o que Paulo está querendo dizer aqui é que durante o sofrimento temos a oportunidade de desenvolver a paciência.

Precisamos, portanto, desenvolver nossa confiança em Deus durante a tribulação de modo a crer que Ele é poderoso para nos tirar dela e soberano para fazer isto no Seu tempo – só assim conseguiremos ter paciência durante o sofrimento.

Podemos encontrar esta confiança nas próprias palavras do apóstolo Paulo em sua segunda carta aos coríntios: “Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos gravemente feridos, mas não somos destruídos”. Vemos que o apóstolo, de maneira nenhuma, nega o sofrimento, mas afirma que nele encontraremos o cuidado de Deus sempre presente e nisto temos a confiança de receber o consolo do Senhor necessário para desenvolver a paciência causada pelo sofrimento.

Aprendendo com os ensinos de Paulo podemos encontrar forças para superar o sofrimento encarando-o como uma oportunidade para crescer na nossa caminhada cristã com a ajuda do nosso Senhor.

19/04/2010

Tratamento de Deus


Muitas vezes me pergunto sobre como Deus agiria na minha situação.
Algumas passagens bíblias me fazem refletir muito sobre isso e saber como Deus age.
Comparar com minha atitude mostra o quanto ainda tenho que caminhar para ser mais parecido com Ele.
No livro de Oséias Deus utiliza a metáfora do casamento para mostrar com o que Ele se preocupa e como Ele age com aqueles que ama.
No capítulo 2 a sequência de versículos parece se contradizer se não entendermos como Deus age.
No início do capítulo Deus se revela um Deus vingador e castigador. Porém quando vemos no final do capítulo a atitude de Deus podemos ver que Deus só faz, ou deixa acontecer, o que diz no início do capítulo.
Em um dos salmos Deus nos informa que gloriará o humilde e agirá a mesma altura do orgulhoso, em minhas passagens frequentes pelo orgulho vejo que a atitude de Deus molda meu comportamento para uma forma melhor.
É o que eu vejo no livro de Oséias, Deus age de forma dura para que o carater do seu povo seja modificado e quando o orgulho deixar de ser o centro a atitude de Deus é tratar o povo até mesmo retirando suas práticas.
Que Deus nos abençoe em nossa caminhada contra o orgulho!

10/04/2010

Lucas McGraw


Lucas McGraw, que qui houve cocê?
Tamo começando a achar que ocê foi tocado
Ouvimo dizer que ocê agora tem religião
E nem sai mais pra ver a gente
Jogou fora o cachimbo e a garrafa de cachaça
E ouvimo dizer que ocê não faz mais as coisas que costumava fazer

Lucas McGraw, que qui houve cocê?
Tá se barbeando todo dia
Não persegue mais muié, e até bejô a esposa hoje
Foi pra igreja domingo passado, apertou a mão do pastô
Dizem até que ocê anda falando sobre um lar além dessa terra

Lucas McGraw, que qui houve cocê?
Ocê nem xinga mais
Tão dizendo que ocê num briga mais, pendurou a espingarda atrás da porta
Toma banho todo domingo, precisando ou não
E vai trabalhar toda segunda, mesmo quando tá calor

Lucas McGraw, que qui houve cocê?
Tamo começando a achar que ocê foi tocado
Ouvimo dizer que ocê agora tem religião
E nem sai mais pra ver a gente
Mas sabe, tamo aqui pensando
Se isso que ocê tem é verdadero
A gente até pode tirá sarro, mas
É mesmo Deus, é mesmo Deus
É mesmo Deus que ocê tá sentindo?