OBS.4s: observações quadradas para um mundo redondo sobre um Deus triúno!

24/08/2008

SE EU FOSSE MAIS VELHO - Ricardo Gondim.


Não estou com pressa de envelhecer. Meu pai padece há anos de uma doença que o deixou senil e caquético. A velhice me intimida. Sei que na terceira idade não só perderei a impetuosidade típica dos jovens, como me tornarei mais vulnerável às doenças degenerativas. Mesmo assim espero pelos meus dias de ancião, porque só os velhos podem dizer coisas proibidas aos jovens. Estou ansioso para que chegue o tempo de poder dizê-las.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Eu diria aos mais jovens que desistam do sonho de galgar a fama em nome de Deus. Contaria que já presenciei o desespero de alguns que, tendo almejado se destacar como referenciais de sua geração vieram a descer do trem fatigados e destruídos pelo ônus da fama. Descreveria os bastidores de algumas 'grandes' agências evangelísticas e de outras para-eclesiásticas, e como me enojei com a petulância de alguns evangelistas famosos. Falaria de minhas lágrimas, quando um deles afirmou que passaria por cima de qualquer pessoa desde que conseguisse estabelecer o que chamou de 'reino de Deus'. Incentivaria os jovens a buscarem uma vida discreta, sem o glamour do mundo, a preferirem a senda do Calvário. Pediria que optassem por beber o cálice do Senhor em vez de desejarem os louros da glória humana.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Eu alertaria aos mais jovens que ambicionam subir os degraus denominacionais sobre o perigo de chegar ao topo sem alma. Narraria os conchavos da política eclesiástica como ridículos e fúteis. Candidamente, contaria casos de traição, logro e delação nas reuniões secretas de algumas cúpulas religiosas. Pediria que fugissem da ganância pela autoridade institucional. Ensinaria a desejarem autoridade espiritual, que não vem de negociatas, mas de uma vida piedosa e íntima com Deus.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Diria aos mais jovens que não se iludissem com o academicismo. Eu lhes revelaria como alguns acadêmicos usam da erudição para se esconderem de Deus. Não teria medo de mostrar que muita bibliografia citada em rodapé de página vem de uma vaidade boba. Algumas pessoas buscam se mostrar mais cultas do que na verdade são. Diria que certos eruditos são pessoas insuportáveis no contato pessoal e que eles também padecem dos mesmos males que todos nós: intolerância, indiferença e muita; muita soberba. Contudo, eu lhes pediria que fossem amigos dos livros. Pediria que lessem muito e diversificadamente; que usassem o conselho de Tiago na busca da sabedoria: 'Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. A sabedoria, porém, lá do alto, é primeiramente pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento'. (Tiago 3: 13, 17).

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Eu diria aos mais jovens que tomassem muito cuidado para não gastarem todas as suas energias nos primeiros anos de ministério. Exortaria, ilustrando o serviço a Deus como uma maratona e dizendo que não adianta se apressar nos primeiros anos. Contaria os exemplos de tantos que se arrebentaram antes da linha de chegada. Quantos pastores destruíram suas famílias e seus filhos no afã de serem úteis e produtivos! Quando chegaram os anos da meia idade, já estavam estressados e cansados! Falaria daquele dia em que o meu semblante descaiu ao ouvir um pastor dizer que só não saía do ministério porque, já muito velho, não sabia como retornar ao mercado de trabalho. Pediria que não perdessem a oportunidade de passear com os filhos no parque, de ler livros que não os úteis ao ministério, de curtir a sua mulher e de praticar algum esporte. Eu pregaria um sermão baseado em Mateus 16: 26 e explicaria que, para Jesus, perder a alma tem um sentido mais amplo do que simplesmente morrer e ir para o inferno. Basearia minha mensagem na afirmação de que um pastor ou evangelista pode ganhar o mundo inteiro e acabar perdendo os afetos do cônjuge, os sentimentos dos filhos e dos amigos, a auto-estima, o sorriso, a capacidade de amar a poesia e de cantar canções de ninar. Enfim, perder a alma!

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Eu diria aos mais jovens que não desejassem o espalhafato espiritual nem as demonstrações exuberantes do poder carismático. Revelaria que alguns desses evangelistas americanos que muitos acreditam superungidos passam à tarde na piscina do hotel em que se hospedam, antes de encenarem a sua superespiritualidade em megaeventos. Não temeria denunciar alguns que se trancam em seus aposentos para assistirem a filmes na televisão e logo depois sobem às plataformas com o ar de santos da hora. Não hesitaria em alardear que muito daquilo que se rotula como demonstração de poder espiritual nasce de uma mentalidade que busca levar as pessoas a uma falsa euforia religiosa.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Eu diria aos mais jovens que a sexualidade é terreno minado e cheio de armadilhas. Contaria exemplos de ministérios que ruíram pela sensualidade. Alertaria que o grande perigo do sexo não vem da beleza, mas da solidão e do poder. Muitos pastores naufragaram em adultério porque se sentiram sós. Não tinham amigos verdadeiros. Viviam rodeados de assessores, sem um amigo com quem pudessem abrir o coração e pedir ajuda. Eu incentivaria os mais jovens a desenvolverem amizades, preferivelmente fora de seus quintais denominacionais. Suplicaria que fizessem amigos com coragem de falar coisas duras, olhando nos olhos. Lembraria que são fiéis as feridas feitas por aquele que ama.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Eu diria aos mais jovens que tomassem cuidado com os modismos teológicos, ventos de doutrina e novidades eclesiásticas. Falaria das inúmeras ondas que varreram as igrejas com pretensas visitações de Deus. Vermelho de vergonha lembraria aquele culto em que se alardeou que Deus estava trocando as obturações por ouro. As pessoas se sujeitavam ao ridículo de investigarem a boca umas das outras e depois, ao confundirem as restaurações amareladas de material de baixa qualidade com ouro, saíam proclamando um milagre de Deus. Relataria a pobreza doutrinária daqueles que jogaram os evangélicos na paranóia da guerra espiritual e ensinaram às mulheres a vigiarem mais durante a menstruação por haver demônios que se alimentam daquele tipo de sangue. Imploraria que se mantivessem fiéis ao leito principal do evangelho, à doutrina dos apóstolos; que não deixassem de pregar a Cruz do Calvário.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Eu diria aos jovens que não procurassem imitar ninguém. Lamentaria a tentativa patética de alguns líderes de quererem ser clones de pastores e evangelistas de renome. Mostraria vários exemplos ridículos de igrejas que tentaram reproduzir no sofrido Brasil o modelo de igrejas abastadas dos subúrbios americanos. Admoestaria que soubessem aceitar-se. Pediria que não ficassem procurando repetir gestos, neologismos, tom de voz e maneirismos dos outros, pois acabarão sem identidade. Eu mostraria na Bíblia que Deus não nos cobrará por não havermos ensinado com a destreza de Paulo, ou nos portado com a ousadia de Pedro, ou escrito com o mesmo amor de João. Teremos de prestar contas ao Senhor apenas por não termos vivido nossa própria identidade.

SE EU FOSSE MAIS VELHO...

Diria aos jovens que a obra que Deus tem para fazer em nós é muito maior que aquela que Ele tem para fazer por meio de nós. Diria que somos preciosos como filhos e não como servos. Melancolicamente, falaria que na velhice muitos sentem saudade dos tempos que poderiam ter sido íntimos de Deus, mas acabaram chafurdados nos pântanos de sua própria vaidade. Diria que na velhice muitos choram por saberem que o tempo da partida está próximo e que não escolheram a melhor parte, como fez Maria.

Eu deveria ter esperado para dizer essas coisas quando estivesse mais velho. Por impetuosidade, acabei dizendo antes do tempo. Contudo, acredito que não me arrependerei de tê-las dito agora.

18/08/2008

O Destino de Cada Um


Em uma grande cidade, nos tempos de hoje, havia um homem chamado Aiel, que não sabia o que fazer da vida, e muito menos, aonde ir. Era um homem bom, sonhador, com uma vida inteira pela frente. Ele tinha uma grande mulher, era estudado, mas tinha dúvidas em relação ao rumo de sua vida. E isso muito o atormentava. Ele sonhava em casar, ter filhos, uma vida agradável e em paz. Queria viajar, mas não tinha dinheiro. Queria trabalhar, mas não sabia aonde e em quê. E algo ainda maior o incomodava. Ele era cristão. Queria, acima de tudo, seguir a vontade de Deus. Mas tudo o que Aiel ouvia era o silêncio.
Após uma crise de desespero, decidiu ir até a Universidade próxima de sua casa, visitar a biblioteca, tentar se distrair com algum livro, ou até quem sabe, descobrir alguma resposta.
Entrou pela porta, pegou um livro qualquer de auto-ajuda, um costume muito idiota bem típico da época, e se sentou numa cadeira no fundo da biblioteca. Mas ele não se concentrava naquelas frases de efeito. Olhando para o lado, reparou num antigo livro que lhe chamou a atenção. Pegou e abriu para ver do que se tratava. Entre as primeiras páginas, sentiu que havia um volume a mais no livro. Era uma flor. Uma bela flor, embora gasta pelo tempo. Ele a tomou e a aproximou de seus olhos, para admirá-la. Então, subitamente, apareceu um homem a sua frente, que disse:
- Aí está o meu velho livro. Graças a Deus o achei.
- Desculpe, ele estava bem aqui. Só estava dando uma olhada – disse Aiel um pouco assustado.
- Bem, como não posso e nem quero emprestar meu livro que tanto me vale, o que posso fazer é lhe contar brevemente a história.
- Você não se importa?
- Não, senão eu não teria me oferecido. Vamos até o campus. Não podemos ficar de conversa na biblioteca.
Então os dois saíram e se sentaram debaixo de uma imensa árvore no bosque da Universidade.
- A história se trata de um homem chamado Andreas. Um homem que desde sua juventude se dedicava a servir qualquer um que precisasse. Era o seu destino. Ele não se importava com carros, luxos ou coisas que o homem almeja em primeiro lugar. Ele sabia que essa ambição controlava as mentes das pessoas. Ele viajava em sua simples carroça por todos os lados deste mundo, subindo e descendo montanhas, atravessando rios e cruzando vales. E ele não se cansava, mas pelo contrário, sentia um imenso prazer interior.
Certa vez, viajando numa terra seca, ele se depara com uma vila onde a fome estava matando todas as famílias que lá viviam. Descendo de sua carroça, ele vai até a parte de trás dela e tira aquilo que parecia um lírio, e que brilhava como fogo. Então ele se dirige até o centro da vila, planta a flor naquela terra que nada podia oferecer e declara a todos: “Um homem me salvou. Ele salva vocês também. Se ele estiver em seus corações, sigam exatamente o que seu coração mandar.” E se foi.
No outro dia, a vila amanhece em meio ao verde mais rico e profundo de que já tinham ouvido falar.
Seguindo sua viagem, no alto de uma montanha, havia uma simples casa de madeira, onde vivia um casal de velhinhos. De repente, o velho abre a porta de sua casa e sai desesperado em busca do visitante que ele tinha avistado. Ele queria que Andreas, o viajante, levasse sua amada senhora a um médico, na cidade. Ela não estava respirando e ele não sabia o que fazer: se ia atrás do médico ou se ficava com ela até ela morrer.
Andreas, então, pega uma flor, coloca-a próximo às narinas da senhora e em poucos segundos se ouve uma limpa e profunda respiração, como se ela tivesse sido puxada do fundo do mar.
O velhinho, maravilhado, não sabia o que dizer e se encheu de lágrimas assim que ouviu a voz de sua mulher chamar seu nome. Andreas se aproximou e disse o que sempre falava após usar suas flores: “Um homem me salvou. Ele salva vocês também. Se ele estiver em seus corações, sigam exatamente o que seu coração mandar.” E saiu pela porta.
Andreas, na última vez que foi visto, passava por uma pequena cidade, quando decidiu encostar-se a uma sombra fresca para descansar. Enquanto isso assistia a duas crianças brincando com toda a felicidade e liberdade que se podia ter. Corriam, pulavam, gritavam, brigavam. Não tinham limites. Andreas observava e em tudo achava graça. Até que um dos meninos subiu num alto muro e ficou se equilibrando. Andreas se levantou do chão na mesma hora. O menino, Joshua, lá do alto, cai bem em cima de uma pedra pontiaguda, para o desespero de seu amigo J.C.
J.C. pega Joshua nos braços, que com um furo profundo no peito, sangra sem parar. Mas não há ninguém ao redor para ajudá-los. J.C. grita com todas as suas forças.
Sabendo qual seria a conseqüência, Andreas tira sua última flor da carroça e corre em direção dos amigos. Ele toma Joshua nos braços e lhe fala o que terá que fazer na condição de salvá-lo. Andreas encaixa o caule da flor dentro do furo do peito do menino e a cicatriz se fecha no mesmo momento. Joshua recebe uma segunda chance. Como símbolo de sua salvação, ele tem uma flor plantada em seu coração. Se ele a tirar, perde a chance de viver.
Andreas, como sempre fez, expressa suas palavras e acrescenta: “Esta foi minha última flor, minha última viagem. É com vocês que se encerra a minha missão. Logo estarei nos braços Daquele que primeiro me salvou.” Dizendo essas palavras, subiu em sua carroça e nunca mais foi visto na face da Terra.
- Nossa, que triste e que estranho... uma flor plantada no coração?! Esse Andreas certamente era um anjo – comentou Aiel.
- Não, ele era um simples floricultor. Ele usou o que ele mais sabia fazer para dedicar-se às pessoas.
- E essa flor que estava no livro é a mesma que ele costumava usar?
- Sim.
- Como você a conseguiu?
- Eu a tirei do coração de meu amigo, há alguns anos atrás, quando sua missão por aqui chegou ao fim.
- Você... você é...
- Sim, sou J.C., o melhor amigo de Joshua, aquele que viveu toda a vida com uma flor cravada no peito.
- Ele já se foi? Quando?
- Ele seguiu seu coração, como Andreas nos tinha dito. Saiu de nossa pequena cidade, estudou nessa Universidade, se preparou o máximo possível, para que pudesse viajar o mundo e oferecer aquilo que ele tinha para dar. Ele salvou muitas pessoas, da forma que podia, e sempre dizendo aquelas palavras que nunca lhe saíram da mente. Mas um dia sua cota, o que ele tinha reunido para oferecer, se acabou, e sua missão também. Ele largou sua vida confortável e segura para seguir seu destino, seu coração. Uma difícil decisão, mas muito simples de se tomar.
- E você, o que tem feito?
- Eu ensino nessa Universidade, faço palestras aonde me chamarem e conto histórias para crianças carentes numa escola aqui perto. É o que tenho a oferecer. É a missão da minha vida.
- E essa flor, ainda pode salvar alguém?
- Senhor AIEL! Preciso fechar a biblioteca. Já está tarde. Você pode levar esse livro para casa, se quiser.
- Ãh...? Desculpe, senhor...
- Andreas, muito prazer. Em que mundo você estava? Chamo-lhe a mais de meia hora e você não levanta dessa mesa.
Aiel se levantou, meio tonto, e saiu pela porta da biblioteca. A escuridão e o silêncio tomavam conta do lado de fora também. Andreas, o bibliotecário, irritado pela inconveniência, tranca a porta da biblioteca, já louco para ir embora.

11/08/2008

Meu ensaio sobre a cegueira



diante da dor dos outros

Há duas semanas, fui ao pronto-socorro acompanhar uma amiga que havia machucado o pé: somente um pequeno roxo que tinha trazido preocupação. Quando chegamos, tivemos de enfrentar uma fila que me atrasou a vida. Já quase uma hora sentado esperando ser atendido, entrou na sala uma mulher de uns 40/50 anos, numa maca, com um lamento cansado e desesperado de dor. Devia ser uma terrível dor nas costas, tanta que impedia ela de andar.

Uma mulher chorando muito guiava a maca, parecia ser a filha da convalescente. Via-se no rosto dela o sofrimento pela dor da mãe. Todavia, ninguém ao redor alterou a expressão do rosto com a chegada das duas. Todos indiferentes àquela cena e preocupados com o próprio atendimento. Quando apareceu um médico, a filha apressou-se em seu desespero e implorou para ser atendida. O médico atendeu, então. Lembro-me de ter pensado por um momento: puxa, era nossa vez...

Pensei no sacerdote e no levita da parábola do samaritano e, sabe de uma coisa, hoje tenho dificuldade em julgá-los. Percebo cada vez mais que, desde a queda do homem, acredito, um fio invisível se cortou entre os seres humanos que impede todos nós de nos compadecermos verdadeiramente por alguém que não temos uma relação muito forte. Fico pensando, que laço envolvia aquelas duas mulheres, que não nos envolvia naquela fila? O que tinha aquela filha por aquela mulher compadecida que faltou a todos nós? Porque nos compadecemos mais por uma prova que vamos mal, que a morte de milhões em determinado terremoto ou numa guerra?

Algo foi cortado entre os homens quando entrou o pecado nosso, e esse algo nos impede e nos impedirá até o fim dos tempos de nos compadecermos verdadeiramente de um desconhecido. O evangelho relata que o sacerdote e o levita viram, e passaram de largo1. Eles viram, mas continuaram cegos à dor alheia. O que faltou ao levita e ao sacerdote, mas que não faltou ao samaritano, e isso fez toda a diferença na vida do homem caído na estrada, foi ver e compadecer-se2, assim relata o evangelista. Ele viu além, ele viu com o coração.

No êxodo, o autor descreve esta relação de Deus com seu povo: Deus viu, e se compadeceu3. No evangelho, o evangelista retrata este drama de Jesus: Ele viu, e se compadeceu4. Esta talvez seja a mais extraordinária ação de Deus e que nunca vamos compreender de verdade, pois Deus viu a humanidade, e resolveu se compadecer daqueles que mais sofriam. Ele resolveu tomar a posição da filha naquele hospital. Em determinado momento da eternidade, Deus viu aquele nosso sofrimento especial por enfrentar este mundo marcado pelo maligno, e numa atitude verdadeiramente altruísta, resolver doer-se conosco. Por isso, acho que a Cruz não foi o maior sofrimento de Jesus. A Cruz foi o grande alívio de Deus. A Cruz foi o momento de Jesus implorar por nosso atendimento, e o momento de Deus dizer: você já está sendo atendido, logo logo vai passar.

Somente quando acabar para sempre esta cegueira que nos impede de ver e se compadecer, vamos compreender o tamanho e a profundidade da dor de um Deus, de um homem, por toda uma humanidade de desgraçados.

1 Lc. 10. 31 e 32.
2 Lc. 10. 33.
3 Ex. 2. 23-25 e Ex. 3. 7-9.
4 Mt. 9.36.