OBS.4s: observações quadradas para um mundo redondo sobre um Deus triúno!

23/04/2008

De repente Jovem



De repente, jovem, precisará fazer uma escolha:

Poderá continuar criança,

e pegar de herança o jeito de não encarar a vida,

um jeito de mundo encantado, como os que dormem;

sobreviver do hoje, no agito, no divertido brincar isolado

dos que sofrem...


É o passear do cão rico na calçada onde sobrevive o morador da rua...


Mas a maldade o alcançará:

irá caçá-lo entre seus brinquedos,

e somente sendo inteligente ou sensível perceberá:

e aí, jovem, poderá fugir...


Refugiar-se em desespero no ponto

mais escuro e sombrio do seu quarto, desligar a luz, a TV, fechar a porta pra todos:

ser o prisioneiro perseguido, escondido, amedrontado... lá, amuado,

esquecerá as gentes, o mal, e que é monstro também.


Fugindo da maldade do mundo, espantado,

jovem, navegará ao lugar mais distante,

onde ninguém saberá quem realmente é:

um lugar de gelos, de frio, e deserto de gente de verdade...


No entanto, enquanto vai, navegante e fugitivo,

as crianças estarão de mãos dadas cercando a beira-mar, vestidas de um pedido:


- Volta, jovem, vem! É a tua vez

de mostrar aos adultos do que somos capazes!

Mostra o tumulto que causa o bem que fazes, e as pazes

que queremos sentir.

Volta, jovem, e encara a vida, e o mundo, e as gentes, e o mal...

Escancara teu valor, ascende! Que tu és o moinho de Deus,

Acende pelo caminho que a escuridão se rende aos teus pés.

Faz da verdade dura, da verdade pura,

massa de modelar em mãos de criança madura. E dura pra sempre, jovem!


E quando, jovem, ceder a vez na fila

ao apressado,

perceberá intrigado, e finalmente, todos os rostos espantados, e o tempo parar,

e que a vida

não é corrida ou pódium:

É passeio e ajuda!


E mudará o mundo ao seu redor:

Ao jovem não cabe desafio menor.

Um comentário:

Anônimo disse...

é isso, aí, jovem aefe!!!

e que atendamos (mais e mais) ao pedido das crianças de mãos dadas cercando a beira-mar...

k.