OBS.4s: observações quadradas para um mundo redondo sobre um Deus triúno!

10/11/2008

A Palavra do púlpito

Algo que realmente me impressiona é ler a Palavra de Deus. Você pode ler um determinado capítulo 10 vezes, mas sempre o enxergará de forma diferente. A Palavra é profunda, ela sempre tem algo novo a nos dizer, em ocasiões diferentes, em tempos diferentes.

Agora, algo que muitas vezes me deixa indignado é a palavra vinda do púlpito. Vazia, rasa, um sermão baseado em best-sellers de auto-ajuda tão batidos que a vontade é de abaixar a cabeça e tirar um cochilo. Pregações na TV, nas igrejas de diversas denominações, cultos para jovens, são sempre aquelas mensagens de “Vai dar tudo certo”, “Jesus é a esperança”, “Dêem seu dízimo”, “A união faz a força”, “Vistam a camisa da igreja” e “Jesus abençoa ou Jesus cura”.

Minha nossa! A Bíblia possui milhares de versículos. Será que num dá pra mudar de mensagem um pouquinho? Ou quem sabe, por um milagre, aprofundar a mensagem?
A facilidade de estudar a Palavra de Deus nos dias de hoje é muito grande. Não precisa ir até Jerusalém, Alemanha, Holanda, Escócia, EUA .
Basta abrir a Bíblia e enxergar outros textos, ensinamentos, contextos, versões, personagens, histórias. Nossa, é tanta coisa. Eu não sei o porquê de tanta dificuldade! Será que é porque essas palavras de sempre atraem mais membros? Vendem mais livros?

Creio que é por isso que há uma circulação tão intensa de pessoas pelas igrejas! Elas estão em busca de algo novo. Mensagens que edifiquem, que esclareçam, que façam elas ao menos refletirem, se auto julgarem, que as aproximem de Deus! Poxa, como eu preciso disso!

Confesso que Deus tem realizado algo magnífico no que se diz respeito à minha intimidade com Ele. Como atualmente estou sem trabalhar, não falta tempo para ler a Palavra, meditar.
Irmãos, eu tenho aprendido e conhecido tanta coisa que antes passava despercebido. É tão bom! A Bíblia é tão misteriosa!

Há uma frase de uma música se referindo à Bíblia que eu acho relevante mencionar aqui:
“A sabedoria chora para que todos leiam”. Olha isso, a sabedoria chora pra que a gente leia a Bíblia!

A Bíblia não é um livro para se pegar na prateleira, abrir, dar uma olhada e guardar de volta em um minuto. A Bíblia é um livro para se estudar, se aprofundar, meditar, conhecer, tentar compreender.

Que os líderes da Igreja possam nos falar sobre toda a Palavra, a fundo, com prazer, sabedoria e sem aquelas mensagens repetitivas e superficiais. E que os membros da Igreja possam buscar não só apenas ler o que está escrito, mas captar o que não está. Amém?

13 comentários:

Anônimo disse...

São raras as vezes que consigo absorver coisas novas de uma leitura bíblica ou de um sermão. Iste é um problema que sempre joguei nas costas do pregador ou na monotonia de alguns textos bíblicos. Seja por ser a leitura de um texto muito conhecido ou de certas genealogias e histórias que parecem não ter sentido nenhum de estar na Bíblia.
Porém, hoje, entendo que o problema não está na palavra de Deus ou no pregador. Ambos são inspirados por Deus! Quer a gente acredite ou não. O problema sempre esteve em mim, na minha maneira de enxergar o pregador. Por exemplo: se o pregador era um cara que não vou com a cara dificilmente prestava atenção na mensagem e saia dizendo que ela não me acrescentou em nada.
Preciso pedir pra que Deus não mude o pregador ou sua mensagem, mas sim que me mude.
Conheço um pastor muito jóia, se chama Marcelo Gualberto, e sempre antes de começar suas pregações ele diz: “Peço que eu dependa do Espirito Santo para pregar e que você dependa do Espírito Santo para entender!”.
Amém? rsrs

Israel disse...

Creio que a sua opinião está correta, mas não ao todo! Ainda acredito que muitas vezes há pouco esforço no estudo aprofundado da Palavra. Realmente talvez o problema esteja nos ouvidos da pessoa ou até no coração da mesma. Mas talvez não. Creio que os nossos corações estão sempre dispostos a ouvir e também sedentos por uma Palavra DIFERENTE! A leitura pessoal e os momentos a sós com Deus são ideais, pois Ele realmente fala. Por que? Porque buscamos aquilo que queremos e precisamos e não aquilo que já sabemos. E o que já sabemos é o que tem sido pregado e escrito.

Anônimo disse...

Concordo e assino embaixo no seu texto... tenho realmente visto...por onde tenho passado, que essas pregações são bem comuns... onde Deus faz a nossa vontade... só se fala de promessas, propósitos, liderança e pouco se fala de Deus mesmo, do seu caráter...talvez a Igreja queira fazer a gente se encontrar...descobrir o valor que temos em Deus, porém acredito que se ela falar mais sobre Ele, consequentemente falará do nosso lado pobre, pecador e necessitado!
Chega de falar de mim mesma... quero saber mais sobre Deus e seus maravilhosos feitos!!!

Obs.Tetras disse...

E lá vamos nós de novo! Não descordo do texto do Rael. Estou querendo apenas complementá-lo.
Creio que a coisa mais dificil do homem mudar é seu ponto de vista, sua maneira de enxergar as coisas, etc. Aceitar no que antes era inaceitável. Crer no que antes era um absurdo. Ver o que antes era oculto. Esta é a dificuldade na pregação da palavra transformadora, seja para ateus ou para crentes, pois ambos possuem uma maneira diferente de ver e ouvir as coisas. Na maioria das vezes, nós, ouvintes, estamos aguardando não algo DIFERENTE, mas sim algo que confirme nossa maneira de ver as coisas. Nosso “ponto de vista” é a lente pela qual enxergamos os fatos ao nosso redor, é a lente pela qual lemos a palavra de Deus e ouvimos uma pregação. Esta lente pode estar suja com vícios, picuinhas, falta de amor, falta de perdão, monotonia, enjôos, pé atras, etc. Nossas lentes sujas impedem de ler a bíblia de maneira correta e/ou ouvir uma pregação com intusiasmo. Veja só: a palavra de Deus não muda e nem a mensagem pregada nos púlpitos (sendo essa baseada na bíblia) e sim nossa maneira de enxergá-las. O que nos faz absorver algo novo de uma leitura bíblica ou de uma pregação é a retirada das sujeiras de nossas lentes.
Não estou querendo eximir os pregadores de sua responsabilidade em estudar profundamente a palavra de Deus e trazer, não algo novo, mas uma mensagem que transforme nossa maneira de enxergar Deus e a nós mesmos.

Unknown disse...

Rael, muito bom seu desabafo. Gostaria de complementar, tal qual o Zeh, a respeito da pregação.

1) Um estudo bíblico, uma aula, atinge a mente; um poema, uma canção, atinge o coração. A pregação deve atingir o Espírito Santo vivo em nós, e este transformará nossas mentes e corações.
Acontece que a gente espera na pregação um estudo bíblico, com "coisas novas" da Bíblia, ou, por outro lado, esperamos que a Palavra "fale ao nosso coração". Da mesma forma, alguns pregadores se esmeram em apresentar "algo novo", e outro, em "atingir o coração". Todos erram, eu acho.

2) A pregação da Palavra deve ser originária do Espírito, e deve chegar no Espírito, isto significa que não importa o quão simples for a Palavra, se os lábios que a proferem e os ouvidos que a recebem estiverem "cheios do Espírito", quanta transformação causará! Prova disso é o simples sermão do Billy Grahan, no Projeto Minha Esperança, sem nada novo, sem nenhuma coisa nova, mas que grande efeito!

3) Quando a pregação da Palavra não surte efeito na igreja, das duas uma, ou o ouvinte está com outras coisas no coração, e não voltado para Deus, ou o pregador não está. Acontece que o fato do pregador não estar voltado para Deus não significa que suas ovelhas tenham que buscar um outro pastor, pelo contrário, é hora das ovelhas orarem pelo seu pastor, estar junto dele, falar com ele.
A falta de um bom pregador nunca deve ser um motivo para abandonarmos nossas igrejas.

Cabe uma última frase, que não sei de quem é: a Pregação deve acomodar os incomodados, e incomodar os acomodados.

Abraços.

Israel disse...

Legal, vc devia postar esse texto na próxima semana! ahahahaha
Entendi, Zé, fica tranquilo! É verdade que a Palavra de Deus não muda, e muito menos as vindas do púlpito, e sim o modo de enxergá-la. Ás vezes realmente nossas lentes estão sujas, ou nossos corações estão tampados, mas ás vezes também nós precisamos de mais. Meu ponto é no sentido de aprender mais, conhecer mais. E graças a Deus é algo que tem acontecido atualmente na minha vida. Talvez por isso eu esteja batendo tão forte nessa tecla. Mas concordo com vc, baby!
Abraços!

Israel disse...

Meus comentários anteriores são a respeito do texto de Zé. Agora em relação ao Aefe, vc disse tudo o que eu penso no tópico 1. Eu defendo algo que devo esar errado. Pra mim, pastor é pra cuidar de ovelhas, visitar, liderar uma igreja, ouvir, atender, orientar. As pregações deviam ser ministradas como no AT, por meio de estudiosos da Bíblia, historiadores da Bíblia, teólogos que esudam a raiz da palavra, enfim, aqueles que realmente se preocupam com a Palavra em si. Devo estar errado, mas acho que seria o ideal.
Engraçado, quanto ao tópico 2, em relação ao Billy Grahn, eu assiti e ele realmente falou super simples mas de forma poderosa.

É isso! Chega!ahahahah
Já deu no que falar... vou penerar mais as minha idéias e "revoltas"! aahahahahahah Abração procês!

Unknown disse...

Zeh, ná sei se você concorda com isso, mas aquele comentário do Rael:
"Eu acho que preciso de mais", bom senti que o menino tá querendo ir pro seminário!!!! hahahahahaha

Abraços!

Obs.Tetras disse...

Aefe,
Tá na cara! O menino nasceu pro seminário! E olha que ele já tem quem o sustente! rsrs...
Abraços
Zeh

Israel disse...

ahahahahahah! É um sinal! ahahahahah, tudo o que o Aefe e o Zé queriam: demonstrar o meu chamado através de minhas próprias palavras! Vai fundo Zé, falta agora o seu comentário! Ahí!

Israel disse...

ahahah Engraçadinho, viu zé... muito engraçadinho ahahahahah!
Só falta eu chegar no seminário falando que os professores deviam estudar mais... ahahahaha
Abração!

Mala disse...

eu to vendo uma pontinha de seminarista nas palavras do Rael!!! A jéssica que se cuide hahahahahahahahaha

Israel disse...

Desejo acrescentar um comentário de um livro que estou lendo, muito bom, por sinal. Hernandes Dias Lopes diz que hoje em dia, muitos pregadores anunciam em nome de Deus suas próprias idéias contrárias às Escrituras. É preciso discernimento para afirmar o que vem de Deus e o que provém de nossos desejos. Algumas vezes as pessoas sacralizam suas opiniões pessoais e valorizam tanto seus desejos que os manifestam como se fosse um oráculo divino. O profeta não gera a mensagem, mas a transmite. A mensagem não tem sua fonte e origem no ser humano, mas em Deus. Muitos pregadores hoje abandonaram a Palavra para pregar sonhos, visões e revelações forâneas às Escrituras. O pregador não é a fonte da mensagem, apenas o instrumento de sua comunicação. Somos servos e não donos da mensagem.
Entendido?