
28/12/2009
Natal

20/12/2009
Cântico de Maria

Segure firme este cobertor, Maria querida
O mundo todo aguarda com você pelo seu dia
Mas agora o vento está frio e melancólico
E Belém ainda continua tão longe
Você se lembra de como você se sentiu naquela hora?
Alegria e espanto encheram sua alma e quando
O anjo desapareceu
Você sabia que sua vida nunca mais seria a mesma
E agora você viaja, viaja, numa estrada para Belém
Os pensamentos vão voando longe
Se você soubesse do caminho que Ele vai percorrer
Você desandaria a chorar?
Seu Filho nasceu para morrer
Sinta essa mão forte sobre você
O amor de um marido que conduz ao caminho
E à medida que o entendimento dele cresceu
Suas esperanças também estão centradas naquele dia
Pois você se lembra do modo que ele estava naquela hora?
Dor e tristeza encheram seus olhos quando então
O anjo veio dizer
Que o nascimento do Salvador tinha que ser daquele jeito
Pense na promessa que você recebeu
Daquele em quem os profetas creram por tanto tempo
Agora pertence a você, você também foi escolhida
Mas Ele é o único que vai brilhar
Nós o chamamos de Jesus, Emanuel
Ele salvará Seu povo do pecado e do inferno
E o Seu Reino nunca terá fim
Mary's Song - Petra (1979)
14/12/2009
O menino Jesus e os adultos em volta

O natal é uma prova contundente de que não basta pregar o evangelho. O natal é um prova contundente de que não basta conhecer a história da salvação, a boa notícia do Evangelho. Neste natal e em muitos outros atrás, o evangelho tem sido pregado em volta do mundo, mas o que vemos é uma parede cheia de buracos, de pregos removidos já em janeiro. Neste mês o evangelho será pregado em todo o país, mas em fevereiro este país cairá na festa da Carne, o Carnaval.
Mas o fato é que esta sociedade crê é no menino Jesus, e não no pai da Eternidade, ela crê naquele menino indefeso, bonitinho, que nos faz amar a nossa família, esquecer de nossos problemas morais, aquele menino que quando ouvimos canções sobre ele dizemos que é uma gracinha.
O limite do que esta sociedade pode crer, de uma maneira geral, é o do menino Jesus e o do bom velinho. Desconhecem o Príncipe da Paz; não teriam coragem de encará-lo nos olhos se soubessem que este bebê é aquele que veio para julgar o mundo. Este bebê que conhece os nossos pecados e as nossas motivações mais profundas. Esta sociedade menina não O trataria como um bebê se soubessem que este bebê carregou sobre suas costas a imundície de nossas vidas; Ele que é poderoso para descer ao Hades e perguntar com cinismo e brio: Onde está ó morte a tua vitória? Ele que venceu a morte e passou pela vida humana de vestes brancas; foi tocado por homens imundos, mas sem o poder de manchá-Lo; tocou em homens imundos, manchando-os com o seu sangue, que os purifica de todo o pecado.
Este é o bebê, que conhecemos sua história como cantigas de ninar, mas que tem as chaves da morte. Um dia esta sociedade infantil ouvirá um anjo poderoso perguntando: Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro?, o livro de sua salvação? Procurarão e não encontrarão. Cairão enfim desesperados por não haver ninguém para salvá-los da ira de Deus. Então se verá o filho do homem, vindo sobre as nuvens com poder e glória.
Aquele que os adultos deste mundo tratam como a um menininho, virá como o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, aquele que venceu.
- Não se engane, este menino sobre uma simples manjedoura: Ele é o Rei da Glória!
29/11/2009
Larguei tudo?
Outro dia fui surpreendido por uma pergunta de um amigo da época da faculdade que acabara de me adicionar no MSN: É verdade que você largou tudo?
Parei, pensei um pouco e respondi: Não não! Larguei o emprego!
Esta pergunta me fez pensar...
Quem dera meu emprego fosse tudo o que Deus exigisse de mim. Quem dera abrir mão de um trabalho fosse tudo, mas não é!
Deus quer tudo de mim!
Minhas fortalezas e minhas fraquezas.
Meu orgulho e minha humildade.
Meus medos e coragens.
Meus sonhos e pesadelos.
Minhas tristezas e alegrias.
Deus quer minha vida!
Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha [Jesus] causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira.
Evangelho de Marcos capítulo 8 versículo 35
23/11/2009
Oração
17/11/2009
Tudo o que eu faço
Preso entre o modo que sou e o que quero ser
Você pode tirar a máscara que esconde o homem interior
Você iluminou os caminhos de trevas que eu neguei
E embora tudo o que você vê
Você continua a me erguer
Tudo o que eu faço, faço por você
Através de cada teste de fé que me faz passar
Até o caminho por onde ando é reto e verdadeiro
Uma a uma você molda as bordas do meu coração
Até você ver a dureza e a teimosia se acabarem
Você me faz ver o meu orgulho
E me puxa para o seu lado
Embora eu chegue perto da imagem que você planeja para mim
Eu nunca serei tudo o que estou destinado a ser
Até que face a face eu O veja
Tradução de 'Till Everything I do - PETRA
10/11/2009
Esboço para um vocabulário de missões

03/11/2009
Vida eterna? Pra que? Por quê?
Paraíso, céu, vida eterna. Estes são termos comuns nos nossos dias, quer você seja crente ou não. Afinal, pra que serve o céu? Por que eu deveria me preocupar em ir pra lá?
Considero muito importante estas perguntas, pois ela pode revelar muito sobre nosso relacionamento com Deus.
Gostaria que antes que você continuasse a ler este texto, respondesse estas perguntas sinceramente (não pense em qual é a resposta certa, mas em qual é a sua resposta).
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Muitas respostas podem ter surgido em sua mente e não sou eu quem vai julgá-las, mas gostaria de compartilhar algumas respostas que já dei a estas perguntas e talvez você se identifique com algumas delas:
— Ah... Porque é melhor ir pro céu do que ir pro inferno!
— Porque no céu todos serão felizes, não terá mais doenças, etc...
Vejam bem, estas respostas não estão erradas, ou melhor, elas não são mentiras – são verdades. Mas será que é isto que deve nos motivar a ir pro céu?
Sinto-me forçado a afirmar que se as únicas motivações que nos fazem desejar o céu são estas creio que dificilmente estaremos lá pra saber como que é.
Antes de expressar, o que creio eu, qual seria a motivação que deve gerar em nós o desejo de ir pro paraíso devemos definir primeiro o que é a vida eterna.
“Esta é a vida eterna: que Te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
Oração de Jesus registrada no capítulo 17 do evangelho de João.
Podemos concluir então que vida eterna é conhecer a Deus e a Jesus Cristo. E por isso que é eterna, pois passaremos a eternidade inteira buscando conhecê-Lo.
Permitam-me chegar à conclusão de que o que deve nos motivar a ir para o céu é o desejo de conhecer a Deus e a Jesus Cristo voltando ao relacionamento pleno com Ele.
E este desejo deve começar agora, ainda em vida!
É interessante notar ainda, que este é o desejo de Deus – de voltarmos ao relacionamento pleno com nosso Criador – e Ele escreveu a história de forma perfeita para que um dia isto se cumpra.
Não escrevi este texto para que, agora, você tenha a resposta correta a estas perguntas, mas pra que a cada dia você permita que Deus sonde o seu coração e revele qual tem sido sua motivação de viver a eternidade ao lado dEle e assim inicie, aqui e diariamente, a busca pelo conhecimento de Deus.
18/10/2009
Deus quer nóis junto, gente!
Queridos, Ele quer a gente junto... Louvando, adorando, ouvindo, sentindo a presença Dele!
Podemos pular, levantar nossas mãos, chorar, rir e dançar! Isto não é ser pentecostal, crente moderno ou liberal. É melhor pararmos de dar nomes às nossas reações diante de Deus! Somos livres para adorar. Não precisamos ficar sérios, com as mãos presas uma na outra, sem piscar um olho...
Se você sente a vontade de dançar, dance! Se quiser cantar alto, desafinado, cante! Mas faça de coração!
Acho que no céu vai ser assim... Todos que querem e sabem louvá-lo com alegria e prazer, com o corpo e com a alma!
No último dia do acampamento, começou a chover forte, muitíssimo forte. Acredito plenamente que Deus enviou aquela chuva para que ninguém saísse dali, se dispersasse, ou fosse fazer outra coisa! E todos ficaram, e todos adoraram a Deus, cada um com sua forma de se expressar... Gostaria que isto não fosse tema só de acampamento, mas que ocorresse todos os domingos, em todas as igrejas, no culto!
Aposto que os anjos dançam e que Davi está lá no alto agora saltitando na presença de Deus! Aposto que tem gente chorando de ALEGRIA por ver a Deus e poder adorá-lo de perto!
Você não precisa esperar o domingo ou o Céu para adorar a Deus juntamente com os irmãos...
Só quero dizer aqui, finalmente, que a melhor coisa do mundo, é cantar cânticos de louvor, junto de quem você ama, para Aquele que você serve, da forma que você escolher e sentir que será sincero.
14/10/2009
Patranha e os escravos do Coronel Gusmão

Quem tem olhos para ler, leia. O vento forte bateu no guarda-chuva do nosso herói Patranha, e ele foi parar ali, naquela cidade tão no interior do país que não se sabe sua história. Enquanto caminhava pela cidade, alisando o lóbulo da orelha, como sempre fazia, deparou-se com uma cena que lhe roubou a atenção: eram duas fileiras de negros, seminus, com coleiras presas entre si, cuja guia estava nas mãos de dois brancos bigodudos.
- O que é isso? – perguntou o herói?
- São os escravos e os capangas do coronel Gusmão, da fazenda do Boi Bravo. Ele mantém escravos em sua fazenda desde o tempo em que havia escravidão no Brasil, mas os escravos não sabem que a lei da escravidão foi abolida e ninguém tem coragem de avisá-los, pois o coronel Gusmão é boi e dos bravos!
O lóbulo da orelha do Patranha ficou vermelho. Seguiu-se que ele foi até a tal fazenda, bateu palmas chamando um dos capangas e disse, com aquela docilidade infantil:
- Oi, vim avisar os escravos que já não há lei que os escravize, a lei da escravidão foi abolida, eles são livres agora!
Quem tem ouvidos para ler, leia.
- Ah! Claro, como não pensamos antes em avisá-los? Respondeu ironicamente o capanga. Venha, entre, eles irão adorar saber disso!
Colocou o Patranha sobre uma demarcação de um X e o capanga, com aquele riso de hiena, apertou o botão vermelho e catapultou nosso herói a quilômetros dali. É que sempre tem alguém que paga o pato quando a lei é abolida.
- Preciso arrumar um jeito de entrar na fazenda, pensava a obstinação de Patranha.
Nesse vai nesse vem, ele encontrou-se com o aviador.
- Olha só, eu sobrevoo a fazenda indo pela manhã e voltando pela tarde todos os dias. Se você arrumar um pára-quedas, pode entrar pelo céu. Mas eu não pouso lá de jeito nenhum!
Sem tempo pra arrumar um pára-quedas, Patranha fechou contrato:
- Então tá, você me leva pela manhã, e no outro dia, pela tarde, eu pego você no céu e volto.
Assim fizeram. Pela manhã, o avião estava a pino da fazenda e o Patranha arrumando um jeito de aterrissar. Até que apontou...
Dentro da fazenda do Boi Bravo.
Até que apontou a pedra de um estiligue numa árvore muito alta e atirou. Nisso, explodiu a passarada da árvore e, da primeira ave a voar até a última a sair do galho, formou um grande tapete entre o avião e a árvore, e Patranha desceu por ele, na pressa daquele que sobe a escada rolante pelo lado contrário. Deste modo, desceu a árvore e estava dentro da fazenda.
Aproximou-se de onde trabalhavam os escravos e ficou escondido entre os arbustos. Observou horrorizado os maus tratos, os sofrimentos e a carga pesada que carregavam os escravos. Patranha então se lembrou quando ele mesmo tinha sido um escravo, há muito muito tempo atrás, na época em que o Egito ainda fazia suas pirâmides. Chorou como uma criança, mas aquele que o enviou soprava uma brisa que ventilava seu coração. Quem tem olhos para ler, leia.
Quando anoiteceu....
No galpão imundo.
Quando anoiteceu, e os escravos foram todos colocados em um grande galpão, Patranha foi até lá, e viu as péssimas condições em que estavam, mas tão acostumados que estavam, não percebiam suas condições, pelo contrário: eram tratados como animais, mas achavam que estavam seguros e que eram privilegiados. Quando nosso herói levantou-se diante de todos, os escravos todos se olharam espantados:
- O que esse estrangeiro veio fazer entre nós?
- Saudações homens – discursou Patranha. – Vim dizer-lhes que devem deixar de servir o Coronel Gusmão como escravos, devem deixar este galpão imundo, pois alguém já pagou o preço e a escravidão foi abolida e vocês são homens livres!
Um profundo silêncio antecedeu a mais absurda das risadas coletivas e, junto dos porcos, os negros gargalhavam e zoavam Patranha. Ele sabia que nem todos estão preparados para sair da escravidão, mas tinha convicção de que se ao menos um saísse livre dali, todo o trabalho já teria valido a pena, e esse um era o José Bento, que chamou o Patranha à parte e, entre lágrimas, pediu-lhe que lhe mostrasse a saída daquele lugar que agora via, era uma vida miserável.
Os dois saíram rapidamente...
A fuga.
Os dois saíram rapidamente daquele lugar e o Patranha passou a noite explicando os novos direitos humanos a José Bento. Ele ficava atordoado de raiva pelo que passara junto com extrema alegria pelo que descobria agora.
À tarde do outro dia, Patranha levou-o à árvore mais alta, e quando avistou o avião do aviador, lá perto, deu um assobio ensurdecedor que foi como um grande vento espalhando aquele cortinado de pássaros que voavam da árvore e, tal qual alguém que está numa escada rolante, assim os dois pegaram carona no cortinado das aves até o avião. Quando o aviador viu os dois em seu avião, alegrou-se, mas disse: doidos!
José Bento, assim, foi deixado na cidade e Patranha foi levado pelo vento.
Anos mais tarde, quando Patranha retornou àquele lugar, encontrou-se com José Bento, que agora era um riquíssimo advogado, destacado naquela cidade, e através de sua lei, trabalhava pela libertação dos escravos do Coronel Gusmão.
- Já libertamos mais da metade dos escravos! – disse ele, orgulhoso.
Até que Patranha lhe perguntou:
- Dr. José Bento, você sabe explicar como ficou tão rico, e pessoas que são livres desde quando eram crianças não conseguiram tanto sucesso?
O advogado explicou:
- Sabe, Patranha, quando cheguei aqui, eu vivia e respirava a liberdade, mas aqueles que nasceram livres, na verdade, são livres mas vivem como escravos, se acostumaram com a vida que levam e por isso, também, não valorizam nada a liberdade e para elas pouco importa que ainda haja escravos na fazenda do Boi Bravo.
Quem tem olhos para ler, leia, pois tem mentirinhas que revelam a verdade que é inacreditável!
04/10/2009
O importante é...
Não me importa se no relato da criação os dias eram dias de 24 horas ou dias-eras, mas o importante é que existe um Deus Criador.
Não me importa se o Jardim do Éden era mesmo aqui na Terra ou em outra dimensão, mas o importante é que existe um Deus Relacional.
Não me importa se o dilúvio inundou a terra toda ou só uma região, mas o importante é que existe um Deus Justo.
Não me importa se o Mar Vermelho abriu mesmo no meio ou se era apenas uma estiagem, mas o importante é que existe um Deus Livrador.
Não me importa se a história de Jonas está no sentido figurado ou literal, mas o importante é que existe um Deus de Segunda Chance.
Não me importa se o livro de Apocalipse era uma profecia para época ou sempre atual, o importante é que existe um Deus que Reina.
Não me importa se Jesus morreu por todos ou por alguns, mas o importante é que existe um Deus Salvador.
27/09/2009
Paradigma

Já faz um tempo que vivo um paradigma interessante em minha vida. Ele é o do usar os talentos e a dependência de Deus.
As minhas primeiras vezes como orador ou como um palestrante exigiram muitas orações e uma constante preparação, um nervosismo e uma atenção redobrada. Pois tinha medo, tinha receios e sempre quis que os ideais como a mensagem ser de Deus fosse posto em prática.
Acontece que com o decorrer do tempo a prática se tornou uma aliada. A maior experiência me dotou de uma eloquência melhor, uma maneira de me expressar melhor e etc., que eu acabei deixando de ter a preocupação a concentração e porque não a dependência de Deus que eu tinha quando não tinha aprendido a falar em público.
Já pensei em nunca aprender a falar em público, porque é uma tarefa muito difícil e eu quero sempre ser dependente de Deus. Mas não é isso que eu aprendi com Deus. Sempre vi que Deus queria que eu me aprimorasse sim nessa arte, que eu me preparasse melhor, que eu tivesse mais fluidez nisso.
Ao mesmo tempo perdi a carga horária em oração que eu tinha quando não tinha tanta prática até chegar ao ponto de preparar para falar uns 15 minutos antes e ainda pedir para Deus me ajudar.
Acho que essa é uma realidade expressa pelo falar em público mas que adentra em várias outras áreas da nossa vida. Esse dualismo de se aprimorar no que se faz e ao mesmo tempo continuar dependente de Deus.
21/09/2009
Vitamina B, de Bíblia!

Posso afirmar que fui um menino alegre, contagiante, cheio de amor e esperto (estilo Agostinho Carrara). Eu gostava de ajudar os excluídos na escola, os que eram zoados pelos outros. Como eu era um pouco popular, muitos me respeitavam, e eu pude usar esta posição para ajudar quem precisava. Eu era muito agitado, não parava quieto, era cheio de imaginação. Brincava sozinho, em grupo, com menino, com menino; a tudo e todos eu dava certo! Eu nunca fui uma criança má, a ponto de fazer maldades com pessoas e animais. Mas eu adorava implicar, fazer a pessoa chorar de raiva, de tanto eu importunar. Mas isto só acontecia quando eu julgava que a pessoa merecia. Tá, nem sempre...
Era costume eu ficar em pé no canto da sala de aula quase todos os dias, de castigo. Não conseguia prestar atenção por muito tempo numa coisa só. Facilmente me distraia com uma abelha no cabelo de uma menina da carteira da frente.
A partir dos 12 anos comecei a mudar um pouco. Fui me tornando um rapaz recatado. Outros pecados foram se manifestando. Deixei de ser aquela criança que amava e ajudava tão facilmente os outros. Até hoje me sinto mal por isto! Simplesmente a vida levou esta minha velha característica.
Mas algumas qualidades Deus foi revelando na minha pessoa com o passar do tempo. Eu não só perdi, mas ganhei também. Houve uma época da minha adolescência onde eu tive todos os motivos para me rebelar contra Deus (todos os adolescentes dizem isto), mas foi o tempo onde minha fé mais se expressou. Como era bom acreditar, como era bom ficar mais perto de Deus. Eu sentia que de fé em fé, lendo a Bíblia, resistindo tentações eu ia crescendo...
Quando adolescente, tomei muita vitamina, devido meu porte físico ser comparado à perna do Sylvester Stallone (rs). Mas saibam, o que me sustentou mesmo foi a vitamina B, de Bíblia. Tomando a vitamina todos os dias, eu ia sentindo-a mexendo dentro de mim, diluindo as coisas ruins e fortalecendo as boas.
Sinto falta de como eu era quando criança! Vejo-me hoje e acho que eu agradava muito mais a Deus! Penso que eu era mais amável, me preocupava mais com os outros, dava mais valor aos meus pais. Acho que preciso da vitamina B de novo!
Preciso tratar minhas doenças, fraquezas e feridas internas. Acredito que assim ficarei mais forte e até mais bonito! Não vou ficar como antes, quando pequeno. Mas espero ficar ainda melhor! Sei que Deus também espera isto de mim. E sei que Ele vai me ajudar, como sempre!
Agora, me deem licença. Vou tomar o comprimido do dia...
13/09/2009
Pecado: de Pop Up a meus favoritos


Foi um delírio. Ficou horas ali, deleitando-se com os olhos, portas fechadas e fone de ouvido. Quando se deu conta, assustou-se com a hora, e, antes de sair, precaveu-se de colocar ou link em "meus favoritos", assim não irá depender somente da janelinha Pop Up.
Nos dias seguintes, ligava o computador, passava os olhos na Bíblia online para cumprir a rotina e caía na rede novamente, ali naquele belíssimo site. Logo logo, para acabar com aquele legalismo, tirou a Bíblia na página inicial colocando o restaurante no lugar.
Acontece que com o passar do tempo, seus programas e arquivos começaram a dar defeito. Já não conseguia trabalhar ou fazer qualquer trabalho de faculdade em paz. Começou a ter muitas dificuldades nestas áreas, e como não lia mais a Bíblia, não tinha mais conforto em sua alma.
O pecador sem vergonha falou, então, com seu pai Cristiano, com certa vergonha, pedindo que olhasse o seu computador. O pai olhou todos os arquivos, todos os programas, todas as pastas e sites que o rapaz visitava. Cabisbaixo, o rapaz só esperava a bronca. Mas seu pai somente lhe disse:
- Olha filho, o que causou isso foi um vírus muito forte. Para resolver, vamos precisar formatar seu computador. Nisso, entregou-lhe um pen drive:
- toma, faça o backup dos arquivos, pastas programas e sites que você achar importante que logo eu volto e farei uma limpeza geral.
O pai saiu e deixou o internauta sozinho no quarto com uma decisão muito doída;
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06/09/2009
Chamados
No final do evangelho de Mateus temos a chamada grande comissão que é a ordem de Jesus para ir por todo o mundo e fazer discípulos de todas as nações.
Sei que esta passagem é clara e não nos deixa dúvida sobre nossas obrigações como discípulos de Jesus, mas vamos compreender uma outra dimensão desta ordem.
Uma coisa que tenho aprendido aqui no CEM é que a Bíblia foi escrita com um propósito primeiro de atingir às pessoas de sua época e, pela sabedoria de Deus, ela é ainda viva e eficaz para nossos dias.
Então vamos entender, primeiro, o que significava ser discípulo na época de Jesus.
Todo judeu acredita que a Torá (os cinco primeiros livros da nossa Bíblia que significa: ensino, instrução ou simplesmente “o caminho”) era o centro, a base de suas vidas e era o enfoque do seu sistema educacional. A maioria das crianças judias com cerca de seis anos entravam na escola para aprender a Torá e se reuniam na sinagoga e eram ensinados por um rabino (o professor local da Torá). Este primeiro nível de ensino era chamado de beit sefer e durava até as crianças completarem dez anos. No beit sefer eles memorizavam a Torá e aos dez anos, seus ensinamentos estavam gravados em seus corações. Terminando o beit sefer a maioria das crianças saiam da escola e começavam a aprender o ofício e negócios de suas famílias, mas os melhores dos melhores continuavam estudando e a educação deles prosseguia para o próximo nível: o beit Talmud. No beit Talmud, os que demonstravam uma aptidão natural, memorizavam os demais livros da Escritura Hebraica (Gênesis a Malaquias). Aos 14 ou 15 anos eles terminavam o beit Talmud e a maioria deles também já tinha aprendido um pouco sobre o ofício da família, mas os melhores dos melhores dos melhores prosseguiam ao próximo nível de educação, o chamado beit midrash. Para este próximo passo eles iam até um rabino e pedia pra se tornarem um dos seus discípulos. Então, o rabino os testaria fazendo perguntas sobre a Torá, sobre os profetas, sobre tradições orais, porque o que o rabino queria saber era: “Este rapas pode sentar-se à minha frente? Ele pode fazer o que eu faço? Será que ele pode divulgar a minha maneira de interpretar as Escrituras? Será que ele tem o que eu preciso?” Então o rabino testaria o rapaz com algumas perguntas. E se ele achasse que o jovem era bom, que amava a Deus, amava a Torá, mas que o jovem não era o melhor dos melhores o rabino diria ao rapaz: “Vejo que você ama a Deus e conhece a Torá, mas não tem as qualidades para ser meu discípulo”. E o rabino diria algo assim: “Vai e continue estudando os negócios de sua família. Continue a praticar o ofício da família”. Mas, se ele tivesse as qualidades necessárias, então o rabino diria ao rapaz: “Venha. Siga-me”. Então, este garoto de 14 ou 15 anos deixaria sua família, amigos, a sinagoga, o vilarejo e dedicaria sua vida inteira a ser como aquele rabino, aprender a agir como o rabino. Isso é o que significa ser discípulo.[1]
Tiago e João é encontrado por Jesus enquanto estavam pescando com seu pai (Zebedeu), possivelmente estavam seguindo o ofício de suas famílias por não serem bons suficientes para se tornar um rabino. Mas então, Jesus (o melhor dos rabinos) chega a eles e diz: “Venha. Siga-me”. Jesus, com estas simples palavras, estava dizendo: “Vocês podem fazer o que eu faço. Vocês podem ser como eu”.
Trazendo agora para nossos dias podemos entender o chamado a fazer discípulo não apenas como uma ordem a trazer pessoas para nossa religião, mas como o dever de fazer com que outras pessoas venham a se tornarem como Cristo.
Se você é um discípulo de Jesus você deve imitá-lo e acreditar que isto é possível, pois um dia você foi escolhido por Ele para ser um discípulo[2]. E como discípulo de Jesus você deve fazer outros discípulos. Deve resgatar pessoas do fatalismo de sua vida mostrando que ele pode ser como a pessoa mais extraordinária que este mundo já conheceu – Jesus – pois Ele mesmo as escolheu, mesmo conhecendo nossa condição[3].
[1] Parágrafo baseado no vídeo de Rob Bell – Nooma 008 – Dust.
[2] Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. João 15.16.
[3] Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos... Efésios 2.4-5.
30/08/2009
Nomes

Na bíblia fala que Deus nos chama pelo nome.
Não sei se temos a exata noção do que isso significa.
Acho que os alcóolicos anônimos entendem isso melhor. Muitos deles, quando bêbados, são chamados por nomes, diversos, como por exemplo bebum, cachaceiro, caninha entre outros. Quem não é um pode até ter se lembrado do que chamou algum.
Nunca o nome deles é proferido uma vez que as pessoas só o conhecem pela bebedeira e não sabem o que tem por de trás disso. Quando uma pessoa o chama pelo nome já é uma barreira quebrada, um ato de amor. E quando Deus os chama pelo nome, sabem que Ele os conhece e não só o nome mas, eles inteiros.
Para Deus, chamar uma pessoa pelo nome é mais do que um simples chamado ou outra coisa é uma demonstração de seu amor. Vocês se lembram da outra passagem em que Deus fala que nós temos outro nome no céu? É um nome que só ele sabe. Deve ser um nome que expressa tudo o que nós somos e que só o fato de Ele nos chamar será um ato de amor tremendo.
Será que sabemos a importância de chamarmos a pessoa pelo nome?
Isso pode fazer toda a diferença para a vida de uma pessoa.
22/08/2009
Mulheres

Desde pequeno, por conviver com duas irmãs, fui percebendo a complexidade de se ser mulher. A maioria das mulheres está imersa a um grande desafio: ficar e se manter atraente, pelo maior tempo possível. Assim que acorda, ela já se preocupa em arrumar o cabelo e pôr uma roupa adequada ao dia. Não adianta, elas pensam que precisam estar bonitas o tempo todo, em qualquer lugar.
Maquiagem, depilação, manicure, pedicure, cabelo, dieta, bronzeamento, cremes para o corpo, roupa da moda, sapatoS...
Não sei se elas realmente gostam disso tudo ou se são forçadas a aceitar essa rotina. Talvez seja culpa da mídia...
Defendo a ideia de que as mulheres estão presas a um paradigma de beleza que elas mesmas criam, constantemente. Acredito que não exista um padrão único de beleza. Uma mulher pode ser atraente para um homem e ao mesmo tempo não ser para outro.
Mas tem um fator que me incomoda demasiadamente, nesta busca feminina de ser notada num ambiente. Um pecado se destaca nesse meio. A mulher analisa e julga a outra, com um rápido olhar. Há uma competição maldosa e triste entre seres criados pelo mesmo Deus, com o mesmo amor. Deus não está nem aí se seu vestido é fino ou brega, se seu sapato combina ou se sua maquiagem está muito forte.
Acredito firmemente que Deus não quer que suas filhas transformem seus corpos em cartões-postais. Deus a fez assim? Então é assim que você será reconhecida nos portões do céu. Tenha cuidado. Não altere sua fisionomia a ponto de perder sua identidade criada por Deus.
Insisto: Deus quer ver uma transformação, cirurgia, mudança, renovação, limpeza interna e não externa.
Você é linda assim, de alguma forma. Pode não ser do jeito que você queria, mas foi do jeito que ELE planejou.
Se preocupe menos com o que o espelho mostra e comece a se embelezar por dentro!